Homem acorrentou-se a uma retroescavadora em protesto contra obra em Aveiro - TVI

Homem acorrentou-se a uma retroescavadora em protesto contra obra em Aveiro

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  • MJC
  • 19 mar 2021, 21:35
Caterpillar

A PSP esclarece que o cidadão se encontrava “com os pulsos presos, com uma corrente e dois cadeados, a uma retroescavadora que fazia trabalhos de renovação de pavimentos e passeios" na avenida principal da cidade

A PSP identificou esta sexta-feira pelas 16:28 um homem, de 54 anos, residente em Aveiro, por se ter acorrentado a uma retroescavadora, na obra de requalificação da Avenida Lourenço Peixinho, a principal avenida da cidade, informou aquela força policial.

Em comunicado, a PSP esclarece que o cidadão se encontrava “com os pulsos presos, com uma corrente e dois cadeados, a uma retroescavadora que fazia trabalhos de renovação de pavimentos e passeios naquela cidade, com o intuito de impedir a progressão das referidas obras, por não concordar com as mesmas”.

"Esta Polícia logrou que o cidadão utilizasse as chaves dos cadeados para retirar as correntes dos pulsos, não havendo qualquer ferimento a registar”, refere a mesma nota.

A Polícia adianta ainda que a corrente e os cadeados foram apreendidos, como prevenção de ocorrências futuras.

A requalificação da Avenida Lourenço Peixinho, que representa um investimento municipal superior a mais de quatro milhões de euros, tem sido contestada pelos partidos da oposição por “descaracterizar" a via que liga o centro à estação de comboios.

A empreitada arrancou em agosto de 2020, contrariando a vontade de um grupo de comerciantes e proprietários que pretendiam o adiamento dos trabalhos.

Em fevereiro, a autarquia admitiu a existência de um atraso de quase três meses nos trabalhos, relacionado com o mau tempo e dificuldades de mão-de-obra e de materiais devido à pandemia.

Numa nota de imprensa, a autarquia revelou que foi alterado o cronograma da empreitada, iniciada em agosto de 2020, e admitiu que possam vir a ocorrer mais ajustamentos.

De acordo com o projeto, é eliminado o separador central e são alargados os passeios laterais, ficando a avenida com quatro faixas de circulação, duas das quais vias dedicadas para ciclovias e transportes públicos.

“Esta é uma qualificação muito importante, que cria uma renovada avenida, com mais árvores (cerca do dobro), sem semáforos, dando primazia aos modos suaves de mobilidade”, defende o executivo.

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