Durante quatro anos, entre agosto de 2009 e novembro de 2012, três dos cinco arguidos – duas mulheres e um homem – obrigaram uma mulher com “dificuldades intelectuais” a prostituir-se numa pensão do Porto, vigiando-a, fixando os preços que cobrava e ficando com todo o rendimento da atividade, refere a acusação.
Segundo a procuradoria, os suspeitos forçaram a vítima a viver em casa com eles, pondo-a a dormir num quarto que servia de local para alimentar os cães, tendo um colchão sobre um estrado como único mobiliário do espaço.
“Batiam-lhe, ameaçavam-na e injuriavam-na para a diminuir na sua condição de pessoa e a forçarem a cumprir as regras que estabeleciam”, cita a Lusa.
Além disto, os arguidos, em conjunto com mais dois reclusos do Estabelecimento Prisional do Porto, entre 2011 e 2012, forçaram a mulher a introduzir droga na cadeia que levava na cavidade vaginal.
“Era entregue [droga] a um dos arguidos reclusos nas visitas que lhe programavam, que depois o vendia no EP do Porto aos reclusos, juntamente com outro arguido, repartindo todos os arguidos entre si os lucros desta atividade”, frisa a acusação.
Os cinco arguidos estão, assim, acusados de lenocínio, tráfico de droga agravado e posse de arma ilegal.