Cordão humano em Lisboa por mais direitos no setor dos transportes - TVI

Cordão humano em Lisboa por mais direitos no setor dos transportes

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  • 22 out 2020, 13:44

Desfile reivindicativo da Fectrans percorreu as ruas de Lisboa, do Saldanha ao Ministério do Trabalho

Um cordão humano com quase meia centena de dirigentes sindicais da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) percorreu esta quinta-feira as ruas de Lisboa, do Saldanha ao Ministério do Trabalho, onde entregou um caderno reivindicativo.

As reivindicações para o setor dos transportes e comunicações, entregues no Ministério do Trabalho, incluem aumentos salariais, redução do horário de trabalho e da idade legal de reforma, promoção do emprego e "erradicação" do trabalho precário, reforço da componente social dos transportes (com mais investimento público) e ainda maior segurança e saúde no trabalho.

O dirigente da Fectrans, José Manuel Oliveira, adiantou, durante o desfile reivindicativo, que a federação se prepara para entregar, "em princípio" na sexta-feira, uma proposta de medidas de proteção dos trabalhadores e utentes por causa da pandemia, mas não quis ainda especificar, adiantando apenas que os testes à covid-19 estão incluídos.

Não se pode dizer que na rua não há ajuntamentos com mais de cinco pessoas e depois nos autocarros, comboios e metros possam andar com pessoas praticamente encostadas umas às outras", afirmou, explicando que a proposta da federação prevê "medidas simples", que podem ajudar no combate à pandemia e na proteção de utentes e trabalhadores.

No percurso entre o Saldanha e o Ministério do Trabalho, os manifestantes fizeram uma paragem em frente à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), para dar conta dos casos em que não houve intervenção na sequência de pedidos dos sindicatos ou que, quando o fez, "apenas ouviu o lado patronal".

O cordão humano fez ainda uma paragem junto ao Ministério das Infraestruturas e Habitação, para realçar a necessidade de investimento nas empresas públicas do setor dos transportes e comunicações e para enaltecer a necessidade de uma renacionalização dos CTT.

Com palavras de ordem como "Correio nos privados, utentes mal tratados" ou "CGTP unidade sindical", o cordão humano exibiu cartazes onde se lia "redução do horário de trabalho 35 horas para todos. Conciliação da vida profissional e família".

No documento reivindicativo para o setor dos transportes e comunicações, a Fectrans acusa o patronato de, "aproveitando as medidas desequilibradas em seu favor", nas quais o 'lay-off' simplificado é o "maior exemplo", proteger os seus lucros e "passar os custos para o Estado", enquanto os trabalhadores viram os salários reduzidos e as populações enfrentam a "depauperação" dos serviços públicos.

Quanto aos salários, a federação reivindica um aumento das tabelas salariais em 90 euros e que o salário mínimo de entrada nas empresas nunca seja inferior a 850 euros.

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