Dezenas de enfermeiros em prostesto frente ao Ministério da Saúde - TVI

Dezenas de enfermeiros em prostesto frente ao Ministério da Saúde

Enfermeiros em vigília contra falta de condições hospitalares (LUSA)

Sindicato exige admissão de mais enfermeiros e fim dos cortes nas horas extraordinárias. Greve nacional de enfermeiros está marcada para 13 e 14 de outubro

Cerca de meia centena de dirigentes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) estão concentrados esta sexta-feira em frente ao Ministério da Saúde para exigir a reposição do valor integral das horas extraordinárias e a admissão de mais enfermeiros.

Duas faixas com a inscrição “35 horas para todos” e “Em luta pela admissão de mais enfermeiros” anunciam as reivindicações dos enfermeiros, que empunham várias bandeiras do SEP sob o olhar dos agentes da PSP, frente ao ministério, em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, o presidente do SEP, José Carlos Martins, explicou que o protesto serve para “exigir propostas de solução” para os problemas dos enfermeiros e o agendamento de uma reunião com o Governo para negociar as propostas apresentadas pelo sindicato.

O SEP considera determinante que o Ministério da Saúde e o Governo, nesta fase de elaboração do Orçamento do Estado, decidam colocar um fim no corte de 50% no pagamento do trabalho extraordinário e das horas “penosas”, descongelamento das progressões dos enfermeiros, abertura de concurso para Enfermeiro Principal e dar continuidade ao concurso aberto para 750 vagas.

“Nós hoje temos uma carência brutal nos serviços que leva a que haja milhares e milhares de dias e de trabalho extraordinário que na maior parte nem é pago”, disse o sindicalista.

Exemplificou que, entre janeiro e agosto deste ano, foram autorizadas as contratações de 2.658 enfermeiros. Contudo, no final de agosto só havia mais 531 efetivos. Isto significa que, neste período, “saíram 2.100 enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde”, sublinhou o sindicalista

Por último, “estamos também a exigir a reparação daquilo que são profundas injustiças e até ilegalidades”, como o não-pagamento de incentivos aos enfermeiros que integram as unidades de saúde familiar modelo B, e as 35 horas para cerca de 9.500 enfermeiros com contrato individual de trabalho

“Os enfermeiros da administração pública são os piores remunerados” e, como tal, “estamos a exigir uma revisão das grelhas salariais na categoria de enfermeiro”.

Durante o protesto foi aprovada por unanimidade uma moção a pedir que sejam satisfeitas estas reivindicações destes profissionais.

A concentração de dirigentes do SEP acontece antes da greve nacional de enfermeiros marcada para 13 e 14 de outubro.

José Carlos Martins sublinhou que se não houver respostas nem negociação por parte do ministério, a greve mantém-se.

Continue a ler esta notícia