Enfermeiros voltam a protestar em Março - TVI

Enfermeiros voltam a protestar em Março

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Sindicato diz que greve desta sexta-feira registou uma adesão de 81,5 por cento

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Os enfermeiros vão voltar aos protestos na primeira quinzena de Março, anunciou o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que não quis especificar a forma de luta.

José Carlos Martins falava aos jornalistas a propósito da greve de enfermeiros desta sexta-feira, que segundo o SEP registou uma adesão de 81,5 por cento no turno da madrugada.

Sem adiantar para já os números da adesão à greve no turno que começou às 08:00, o presidente do SEP afirmou haver uma «adesão elevada».

«Neste momento, para sermos rigorosos, não podemos indicar uma média, mas os números das 84 unidades recolhidos até ao momento apontam para entre os 80 e os 90 por cento [de adesão à greve]», adiantou José Carlos Martins.

Manifestou-se ainda surpreendido pela grande adesão dos enfermeiros das Unidades de Saúde Familiares, que terá levado ao cancelamento de consultas.

«Há inúmeros Centros [de Saúde] do país, dezenas, sem qualquer enfermeiro. Por exemplo em Trás-os-Montes 16 centros de Saúde não têm nenhum enfermeiro. No Alentejo, em Beja, são cerca de 7 ou 8 e depois uma taxa elevadíssima, na ordem de 80 ou 90 por cento, nos cuidados de saúde primários», disse o presidente do SEP.

Como consequência, acrescentou, «algumas cirurgias programadas não estão a ser realizadas e consultas externas com enfermeiros também há muitas que não se fazem», apesar de os enfermeiros estarem a assegurar os serviços mínimos.

Sobre o futuro, José Carlos Martins anunciou que os enfermeiros voltam a protestar na primeira quinzena de Março, mas o sindicato ainda não decidiu qual a forma de luta, e ameaçou com uma radicalização caso o Ministério da Saúde (MS) não avance na revisão das carreiras.

«Esperamos que a senhora ministra cumpra o compromisso de entregar uma proposta reformulada que constitua uma base negocial de partida para a negociação da carreira e que marque uma reunião de negociação», disse.

«Se o MS não repensar a proposta da revisão das carreiras, as formas de luta podem radicalizar-se», acrescentou.

Tal como explicou aos jornalistas, um confronto mais radical «vai passar certamente por mais greves e manifestações em momento ainda a definir com outras estruturas sindicais».
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