​“Um em cada cinco portugueses tem uma perturbação mental” - TVI

​“Um em cada cinco portugueses tem uma perturbação mental”

A situação da saúde mental em Portugal é “gritante”. Mais psicólogos na escola podia ajudar a prevenir situações futuras

O Governo anunciou a contratação de 214 psicólogos no passado ano lectivo mas a Ordem destes profissionais alega que o número é ainda insuficiente. No dia Mundial do Psicólogo, estes alertam para a necessidade de reforçar o número de técnicos nas escolas.

David Neto, da Ordem dos Psicólogos, esteve no programa Diário da Manhã, na TVI, para falar sobre estes temas.
 

“A nível da saúde mental a situação, em Portugal, é gritante”


Segundo números conhecidos pela Ordem dos psicólogos, “um em cada cinco portugueses tem uma perturbação mental”.

E, infelizmente, “hoje em dia, as resposta a este nível, acabam por privilegiar mais situações em que o problema já se desenvolveu mais do que era necessário”.


David Neto dá o exemplo da depressão:

“Se não for bem trabalhada numa fase inicial torna-se recorrente e a maior parte dos casos de depressão não vão para aos hospitais e aos serviços de psiquiatria. A maior parte dos casos surgem ao nível dos cuidados de saúde primários. Se fossem agarrados aqui, haveria uma boa margem de prevenção”


A presença dos psicólogos nas escolas é, para este especialista, “um investimento no futuro das crianças
” e os profissionais que existem não chegam para garantir a sua “dimensão preventiva” quanto a problemas futuros.

A nível internacional o rácio das escolas propõe um psicólogo para mil alunos e, “neste momento, estamos muito longe de atingir este rácio”. Na base da restrição da contratação dos psicólogos estão “argumentos economicistas”.

Para justificar que estes argumentos não servem, Davis Neto dá outro exemplo:
 

“Uma criança adolescente que tenha um problema com álcool. Se essa criança for apoiada logo de início prevenimos, eventualmente, uma situação de alcoolismo futura”


Ou seja, “acabamos por poupar em termos de custos futuros”.
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