Armas PSP: "Eles avisaram as chefias", diz advogado dos dois polícias - TVI

Armas PSP: "Eles avisaram as chefias", diz advogado dos dois polícias

  • 20 dez 2018, 22:38
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À saída do tribunal onde foram identificados os sete arguidos detidos na operação Ferrocianeto (relativa ao furto de armas Glock da PSP), Vítor Santos Oliveira diz que mais de um ano após o furto não há alteração dos factos

O defensor dos dois agentes da PSP detidos no caso do furto das armas da Polícia disse esta quinta-feira, à saída do tribunal, que, um ano e meio após o desaparecimento das Glock e dois processos disciplinares, “não há uma alteração factual". Quis com isso mostrar que não percebe porque é que os seus clientes foram detidos.

"Estamos perante uma investigação que resultou na detenção de pessoas e que parte de factos que já existiam desde 2 de janeiro de 2017 e, um ano e meio depois, não há substantivamente uma alteração factual”, disse o advogado Vítor Santos Oliveira à saída do tribunal onde hoje foram identificados os sete arguidos detidos e cujo interrogatório para aplicação de medidas de coação prossegue na sexta-feira.

O advogado explicou que hoje teve conhecimento dos factos que são imputados aos dois agentes, na altura do desaparecimento a exercer funções no armeiro da direção nacional da PSP, e que os estão a analisar de forma a perceber “como foram elencados para construir a indiciação”.

Os meus clientes eram os armeiros, foram eles que deram conta que o armeiro não estava em condições de segurança, avisaram as chefias. A pergunta principal é porque estão aqui os dois”.

Santos Oliveira disse que só depois de ter conhecimento das provas que constam do processo é que decidirá se os seus clientes vão prestar declarações, mas o mais provável é fazê-lo. “Estamos agora a começar a digerir e a analisar para perceber se faz sentido, se é uma construção, se tem uma base real”.

Prova "não é consolidada"

Já o advogado Melo Alves, que representa dois detidos civis, disse que a prova que consta no processo “não é consolidada”, e que, “por norma, o Ministério Público tem uma convicção que, regra geral, é diferente da defesa”.

A identificação dos sete arguidos envolvidos no processo do furto das armadas da PSP terminou esta quinta-feira, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa por volta das 20:00, recomeçando na sexta-feira às 09:30.

Os advogados já tomaram conhecimento dos factos pelos quais os arguidos estão indiciados pelo Ministério Público (MP).

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