MAI estuda fecho de esquadras em Lisboa e Porto - TVI

MAI estuda fecho de esquadras em Lisboa e Porto

Esquadra do Cacém

Secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna diz que há esquadras de atendimento «com uma produtividade muito baixa»

O Ministério da Administração Interna está a estudar o encerramento de esquadras de atendimento da PSP, em Lisboa e no Porto, que apresentam uma produtividade «muito baixa».

«Temos esquadras de atendimento com uma produtividade muito baixa. Algumas delas recebem 0,8 queixas por dia e o facto de estarem abertas significa que há elementos policiais que estão lá dentro à espera que alguém vá apresentar uma queixa», afirmou à Agência Lusa o secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna.

Segundo Juvenal Peneda, o «fecho efetivo» de algumas dessas esquadras, que está a ser «negociado» com as câmaras municipais das duas maiores cidades do país, acontecerá através de uma reorganização «muito ligeira», para não afetar o «sentimento de segurança das populações».

«É irracional estar a condenar polícias a estarem lá, à espera de gente para apresentar queixa, em vez de estarem na função mais nobre que é no policiamento de proximidade», afirmou o secretário de Estado à margem de um encontro sobre segurança, realizado es te sábado em Ponte de Lima e organizado pelo PSD do alto Minho.

O secretário de Estado acrescentou que estas esquadras funcionam num regime de dois agentes em permanência, que não podem abandonar o local, o que por si só, tendo em conta os vários turnos necessários, obriga à mobilização de 12 a 13 elementos por cada uma destas estruturas.

«Há formas mais úteis de ocupar esses elementos», afirmou Juvenal Peneda, acrescentando que esta «libertação» de efetivos vai «permitir ter mais policias a policiar a zona onde essa esquadra de atendimento está localizada».

Embora sem apontar qualquer número definitivo de esquadras a encerrar, admitiu que estejam nesta situação «quatro ou cinco» na cidade do Porto e que em Lisboa o dispositivo será «ajustado» ao novo mapa autárquico da capital.

«Estamos a dar todo o tempo, porque é uma questão que mexe com o sentir das pessoas. Explicando às populações que, se calhar, ficam melhor servidas fechando essas esquadras do que mantendo-as abertas», rematou.
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