Uma mochila abandonada na estação de metro de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, levou ao corte das linhas azul e vermelha, do Metro de Lisboa e à evacuação daquela estação, apurou a TVI. Só quase três horas e meia depois, pelas 18:20, é que foi reposta a normalidade nas áreas sob perímetro de segurança.
Afinal, e depois ter estado no local uma equipa de intervenção rápida da PSP, elementos do Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo (CIEXSS) e equipas da Divisão de Segurança de Transportes Públicos, concluiu-se que a mochila não continha nada de perigoso.
O objeto em causa não representou qualquer tipo de perigosidade, já foi removido do local, a energia já foi reposta e as pessoas já começaram a aceder à estação há cerca de dez minutos”.
Esta informação foi prestada à Lusa pelo oficial de dia ao Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, que a TVI24 também tentou contactar por várias vezes.
Foi pouco depois das 14:30 que foi dada a ordem de evacuação da estação – que abrange as linhas Azul e Vermelha – e de encerramento de todos os acessos.
Por que razão demorou tanto tempo?
Contactado pela TVI24, o Metro de Lisboa adiantou que em causa estava um "saco de supermercado", mas fonte da PSP mantinha que se tratava uma mochila. E adiantou que os procedimentos de segurança de "obrigaram a chamar as autoridades".
À TVI24, o subcomissário Hugo Abreu explicou que o objetvo tinha "alguma roupa no interior e não deixava prever aquilo que se encontrava no fundo". Por isso, foi seguido o "protocolo normal" para estas situações.
O protocolo é moroso porque temos de efetuar um perímetro de segurança, garantir que fica vedado ao público, vedar as áreas comerciais e só depois é que ativamos a equipa de inativação de explosivos, que quando chega tem de fazer a avaliação do local e avaliar o objeto em causa. Depois, aciona processos necessários: normalmente são utilizados os canídeos da PSP e o robô operado à distância, sendo que um operador verifica o que é que está no interior. Se o robô nao funcionar, o polícia da inativação de explosivos veste um fato e desloca-se ao local para verificar. Se a pesquisa for inconclusiva"
Neste caso, os especialistas conseguiram "verificar à primeira que não se tratava de nenhum explosivo".
A página do Metro de Lisboa indicava, durante a tarde, que "por causa alheia" a linha azul do metro estava "interrompida" e que não era possível "prever a duração da interrupção", que poderia ser "prolongada". Verificou-se: demorou quatro horas.