Preventiva e pulseiras eletrónicas para envolvidos em tráfico de cocaína - TVI

Preventiva e pulseiras eletrónicas para envolvidos em tráfico de cocaína

Dois dos quatro detidos na operação que levou à apreensão de 19 quilos de droga vão presos preventivamente. Os restantes dois, que trabalhavam no aeroporto, ficarão com pulseira eletrónica a aguardar julgamento

Terminado o primeiro interrogatório judicial, o juiz do Tribunal de Loures decidiu-se pela prisão preventiva de dois dos quatro detidos pela operação da PSP, que culminou com a apreensão de mais de 19 quilogramas de cocaína, no passado sábado.

A droga apreendida teria um preço de venda da ordem dos dois milhões de euros. De acordo com a PSP, a cocaína chegava a Portugal em voos comerciais provenientes da Venezuela.

Dois dos detidos constituídos arguidos eram funcionários da empresa de 'handling' (assistência em terra) do Aeroporto de Lisboa, a Groundforce. Ouvidos em tribunal, ficaram com obrigatoriedade de permanência na habitação, com pulseira eletrónica.

Contudo, até que o sistema seja instalado nas casas dos funcionários, num processo que deve demorar alguns dias, vão também permanecer em prisão preventiva.

O primeiro interrogatório judicial aos quatro detidos realizou-se na Comarca de Lisboa Norte, Loures, prolongou-se por várias horas e terminou já próximo das 00:00 desta terça-feira.

Mais arguidos no processo

Os detidos, com idades entre os 27 e os 35 anos, faziam parte de um "grupo altamente organizado" e com uma hierarquia bem definida, segundo revelou a investigação da PSP.

Além dos quatro detidos, já foram constituídos mais arguidos no processo e a investigação, coordenada pelo Ministério Público do Tribunal de Loures e com conhecimento da Polícia Judiciária, continua.

Constatou-se que o grupo abastecia, através de outros colaboradores, parte da Área Metropolitana de Lisboa, em concreto os concelhos de Odivelas, Loures, Lisboa e Amadora. Além destes locais, o grupo tem ligações, no que respeita à distribuição do produto estupefaciente, à zona norte e centro do país", explicou a PSP na segunda-feira.

Até às detenções, a investigação durava há cerca de um ano. Nos últimos dias foi dado cumprimento a quatro mandados de busca domiciliária e foram efetuadas 11 buscas não domiciliárias.

Durante a operação, realizada a 31 de dezembro, a polícia apreendeu ainda 16.740 euros em dinheiro, 12 telemóveis, quatro viaturas e uma balança de precisão.

De acordo com o comandante da Divisão Policial de Loures, Jorge Resende da Silva, esta operação culminou com o “cessar da atividade” criminosa deste grupo organizado em território nacional, responsável pelo tráfico de estupefaciente por via aérea, a partir da Venezuela.

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