Sindicato de Polícias critica atraso no pagamento de serviços  - TVI

Sindicato de Polícias critica atraso no pagamento de serviços

Polícia de Segurança Pública

Os profissionais da PSP culpam o Ministério da Administração Interna por os serviços remunerados não estarem a ser pagos na data devida

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) culpou, esta quinta-feira, o Ministério da Administração Interna (MAI) pelo atraso, em alguns casos desde março, no pagamento de serviços remunerados efetuados pelos polícias em recintos desportivos, espetáculos e festas municipais.

Em declarações à Agência Lusa, o presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, revelou que os valores em dívida já totalizam vários milhares de euros e defendeu que o MAI deveria criar um «fundo de maneio» para proceder ao pagamento atempado deste serviço, que é da responsabilidade do Ministério da Administração Interna (MAI).

Em comunicado, a ASPP/PSP considera «absurdo» que seja a própria entidade que deveria zelar pelos direitos dos profissionais a entrar em incumprimento financeiro, dando um «exemplo lamentável» e um «sinal errado» às empresas que também recorrem a este tipo de serviços.

«Com que legitimidade pode o MAI exigir aos privados que cumpram com os seus deveres quando o próprio não o faz?», questiona a ASPP/PSP, sublinhando que sempre que não há voluntários para a realização de serviços remunerados do MAI, os profissionais da PSP são obrigados a realizá-los, fora do horário normal de trabalho.

Para evitar estes atrasos, a associação propõe a criação de um fundo no MAI que permita à Direção Nacional da PSP efetuar o pagamento deste tipo de serviços, sendo depois a verba paga ao MAI pelas entidades devedoras.

Paulo Rodrigues sugeriu que o MAI aproveite a discussão do Orçamento do Estado para 2015 para criar o «fundo de maneio» proposto pela ASPP, considerando que se trata de uma «coisa simples» e «exigível».

A ASPP/PSP lamenta que os atrasos nos pagamentos continuem a ocorrer, com prejuízo para os profissionais, que têm nos serviços remunerados uma «forma de compensar o baixo salário» que auferem.
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