Tensão entre polícia e feirantes em manifestação em frente ao Ministério das Finanças - TVI

Tensão entre polícia e feirantes em manifestação em frente ao Ministério das Finanças

Confrontos entre feirantes e PSP

Os manifestantes tentaram passar o cordão policial que os impedia de chegar ao Ministério das Finanças

Foram registados confrontos com a polícia na manifestação convocada pela Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados (APIC) , na Praça do Comércio, em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa.

Os manifestantes tentaram passar o cordão policial que os impedia de chegar ao ministério. Ao que a TVI conseguiu apurar, há pelo menos um detido.

Durante estes confrontos um dos manifestantes ficou ferido, com um golpe na cabeça, tendo sido assistido no Hospital São José, em Lisboa. No meio dos empurrões a vítima terá caído no chão.

Esta manifestação por parte dos feirantes tem como objetivo exigir mais apoios ao Estado. 

A 6 de maio, os representantes da recém-criada APIC saíram "indignados" de uma reunião com o Governo, reclamando apoios à sustentabilidade dos negócios e a possibilidade de suspensão do pagamento de alguns impostos, uma vez que estão impedidos de trabalhar por causa da pandemia de Covid-19.

A reunião correu muito mal. O Governo não tem nenhum plano para nos auxiliar. Estamos profundamente revoltados", afirmou à agência Lusa o presidente da APIC, após uma reunião com secretário de Estado do Comércio, João Torres.

Luís Fernandes referiu que a APIC defendeu junto da tutela apoios aos empresários, que podiam passar pela criação de "protocolos sanitários" para poderem trabalhar e uma isenção de alguns impostos, como é o caso do IUC (Imposto Único de Circulação), e seguros de camiões e material.

Em último caso, se não nos deixarem trabalhar, que nos apoiem para que possamos ficar em casa", afirmou.

Devido ao surto da Covid-19, os negócios itinerantes em eventos culturais, feiras, festas, romarias e circos, a maioria das quais canceladas, ficaram comprometidos.

Estamos muito indignados e desesperados e não iremos desarmar enquanto não tivermos uma resposta satisfatória", ressalvou.

Em 15 de março, o Governo anunciou que as feiras e os mercados de venda de produtos, excluindo as de diversão, podem reiniciar a sua atividade a partir de 18 de maio, "devendo para tal existir um plano de contingência".

Continue a ler esta notícia