Mais de 83 mil crianças receberam em 2017 pulseira “Estou aqui!” - TVI

Mais de 83 mil crianças receberam em 2017 pulseira “Estou aqui!”

  • AR
  • 30 mai 2018, 08:43
Pulseiras do programa "Estou Aqui"

PSP adianta que sexta-feira vai ser lançada a edição 2018/2019 da iniciativa que ajuda a localizar crianças perdidas dos pais

Mais de 83 mil crianças receberam no último ano uma pulseira do programa “Estou aqui!”, que ajuda a localizar crianças perdidas dos pais, disse hoje a PSP, adiantando que sexta-feira vai ser lançada a edição 2018/2019 da iniciativa.

Segundo dados disponibilizados pela PSP à agência Lusa, entre 1 de junho de 2017 e 29 de maio deste ano foram registados 83.433 pedidos de pulseiras.

No Estou Aqui Crianças tivemos duas [ativações] no verão passado, sendo que uma foi de imediato anulada pois os pais apareceram quando estava a ser comunicada", adianta a PSP.

Em 2015 foram registados 33.500 pedidos de pulseiras e 69.758 em 2016, indica a PSP, destacando que Lisboa (19.261) e Porto (9.065) foram os distritos com mais pedidos.

Esta 6.ª edição do programa que termina na quinta-feira deixou de ser sazonal, passando a estar ativa 365 dias por ano (01 de junho a 31 de maio imediatamente a seguir) e a idade foi alargada (era dos 2 aos 09 e passou dos 2 aos 10 anos).

A PSP vai lançar na sexta-feira a 7.ª edição do “Estou Aqui!”, dia em que se assinala o Dia Mundial da Criança.

Os pais que pretendam aderir ao programa têm de fazer um registo prévio da criança no ‘site’ https://estouaqui.mai.gov.pt/, podendo fazê-lo a partir do primeiro dia de arranque da iniciativa, sendo as pulseiras levantadas nas esquadras escolhidas após o registo ter sido concretizado com sucesso.

Caso as pulseiras não sejam levantadas até ao 25.º dia, o pedido é cancelado.

Em caso de desaparecimento da criança, através de uma chamada para o 112 serão acionados os mecanismos necessários de comunicação com as forças de segurança, que enviam para o local do desaparecimento uma patrulha policial.

Os elementos policiais credenciados identificam o processo da criança através do código alfanumérico da pulseira e acionam o contacto de emergência dos pais/encarregados de educação da mesma ou responsáveis da escola”, é referido.

Cada pulseira é única, sendo atribuída a cada uma um número diferente que, apesar de percetível, só pode ser lido pela PSP, através da base de dados.

No que respeita ao programa “Estou Aqui Adultos”, a PSP adianta que com a fase experimental que decorreu em 2015, desde o início da fase alargada do programa, a 20 de março de 2017, foram pedidas cerca de 4.963 pulseiras, tendo-se registado até hoje 21 ativações efetivas.

Os dados da PSP indicam que há mais mulheres a utilizar o programa, representando mais de 62% dos pedidos, sendo a faixa etária mais visada a dos 80-89 anos, com quase 1.900 pedidos.

À semelhança do programa das pulseiras para as crianças, os distritos com mais pedidos são Lisboa, Porto e Setúbal.

A fonte da PSP disse à Lusa que “todas as ativações foram bem-sucedidas, ou seja, a pessoa foi encontrada na rua, perdida e desorientada e graças ao contacto com a central 112, rapidamente os filhos ou cuidadores puderam ir buscar a pessoa”.

A PSP “não tem acesso ao quadro clínico das pessoas”, por isso, "não é possível indicar a patologia associada à situação”.

“Mas por base estão normalmente associadas a doenças degenerativas do espetro das demências como a Alzheimer”, indicou.

Estas pulseiras mantêm-se ativas por dois anos, explica a PSP.

A iniciativa “Estou aqui Adultos”, segundo a PSP, foi “pensado para garantir a segurança de todos os utilizadores na via pública e para promover o reencontro célere com o familiar ou conhecido previamente indicado”.

Este programa é especialmente dirigido a pessoas que devido à idade ou doença, possam ter momentos de desorientação e ficarem incapacitadas de dizer quem são e de indicar os seus contactos de emergência.

Para obter uma pulseira “Estou aqui Adultos” é necessário fazer uma pré-inscrição na página https://estouaquiadultos.mai.gov.pt/Pages/Home.htm e levantá-la na esquadra selecionada.

As pulseiras são pessoais, intransmissíveis e gratuitas e podem ser ativadas em outros países da União europeia.

Continue a ler esta notícia