GNR de Alenquer em condições «sub-humanas» - TVI

GNR de Alenquer em condições «sub-humanas»

Dois jovens detidos por furto de gasóleo

Denúncia parte do presidente da Câmara, que diz que chove no quartel

Mais de meia centena de militares da GNR de Alenquer trabalha em instalações «sub-humanas», onde chove e existe muita humidade, afirmou esta terça-feira o presidente da câmara municipal, que exigiu soluções ao Ministério da Administração Interna (MAI).

Pedro Folgado (PS) que, nas últimas semanas visitou as instalações do Posto e do Destacamento da GNR de Alenquer em conjunto com outros dirigentes socialistas, disse à agência Lusa que «chove lá dentro e as infiltrações são visíveis em todo o edifício», concluindo tratar-se de «condições muito deterioradas e sub-humanas».

Contactado pela Lusa, a tutela admitiu estar «consciente das condições», motivo pelo qual «têm sido realizadas diversas reuniões, envolvendo a GNR, o MAI, a Direção Geral de Infraestruturas e Equipamentos e o município de Alenquer no sentido de encontrar uma solução».

Além disso, é um espaço de tal modo «exíguo» que existe apenas um quarto para os militares do sexo feminino, com dois beliches e cinco camaratas, as mais altas das quais ficam muito próximas do teto.

«Na última camarata, tem de se ser muito magro para conseguir lá dormir», sublinhou o autarca, adiantando ainda que a janela do quarto «é tapada com um cobertor à falta de estore». «Isto preocupa-me e tenho vindo a encontrar pelo menos uma alternativa para os militares dormirem, porque estão a respirar aquela humidade toda», realçou.

Segundo o autarca, o edifício «não está adaptado a pessoas com mobilidade reduzida» e o atendimento ao público é feito em «condições muito primárias».

O Destacamento e o Posto Territorial da GNR de Alenquer funcionam em instalações que são cedidas pela câmara e que já foram uma antiga prisão, na zona mais antiga da vila, com ruas apertadas e de difícil acesso.

Na reunião com o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, o autarca mostrou disponibilidade para ceder um terreno, com vista à construção de um novo edifício.

Apesar de a construção de novas instalações estarem, desde 2008, entre as compensações pela deslocalização do concelho do projeto do Aeroporto Internacional de Lisboa, a construir na Ota, «não estão entre as prioridades».

De acordo com o MAI, «ainda não está definida a solução a adotar», mas espera ter concluído «nos próximos meses os estudos e projetos».

O Destacamento é responsável pelos postos de Alenquer, Azambuja e Cadaval.
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