Há mais um arguido na Operação Lex - TVI

Há mais um arguido na Operação Lex

Advogado estava fora do país e ao regressar esta terça-feira foi notificado. No total, são já 12 arguidos

Há mais um arguido na Operação Lex. Trata-se do advogado João Rodrigues, 80 anos, ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, que estava fora do país e que ao regressar, esta terça-feira, foi notificado. A TVI sabe que foram feitas buscas no escritório e na casa deste advogado, na terça-feira. É suspeito de tráfico de influências. 

No total, a Operação Lex conta já com 12 arguidos, cinco dos quais estão detidos. Estes vão ser presentes hoje ao juiz no Supremo Tribunal de Justiça, mas apenas para serem identificados. Só vão começar a ser interrogados amanhã. Todos os suspeitos, magistrados ou não, vão ser interrogados pelo juiz conselheiro Pires da Graça, um dos 60 juízes do supremo.

A Operação Lex decorre de um processo extraído do caso Rota do Atlântico, que envolve o empresário José Veiga, num processo de corrupção. 

O juiz Rui Rangel e a sua ex-mulher, a também juíza Fátima Galante, são arguidos e serão ouvidos no Supremo Tribunal a 8 e 9 de fevereiro. Rui Rangel terá beneficiado de milhares de euros das contas de José Veiga.

A Operação Lex estendeu-se a pessoas próximas do juiz desembargador, como as duas ex-mulheres do magistrado, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o advogado Santos Martins e o filho deste.

Na terça feira, cerca de 150 inspetores da Policia Judiciária fizeram mais de 30 buscas, incluindo nas residências dos juízes e do presidente do Benfica, Luis Filipe Vieira, bem como no Tribunal da Relação e no Estádio da Luz. Cinco pessoas foram detidas, no âmbito dessas buscas. 

A Procuradoria-Geral da República confirmou esta quarta-feira, tal como a TVI já tinha avançado, que Luís Filipe Vieira e Fernando Tavares, presidente e vice-presidente do Benfica, são arguidos na Operação Lex.

O inquérito é dirigido pelo Ministério Público, com o apoio de magistrados do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). Em causa, estão suspeitas de crimes de tráfico de influência, corrupção/recebimento indevido de vantagem, branqueamento e fraude fiscal. Por envolver desembargadores, a investigação decorre no Supremo Tribunal de Justiça.

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