Criminalidade geral aumentou 3,3% em 2017 - TVI

Criminalidade geral aumentou 3,3% em 2017

Em causa, estão o aumento dos crimes de moeda falsa, incêndio e outras burlas, nomeadamente pela Internet. Já os crimes violentos tiveram um decréscimo de 8,7%, apesar do crime de assalto a caixas multibanco ter crescido 73%

A criminalidade geral aumentou 3,3%, em 2017, revelou esta quarta-feira, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, depois da reunião do Conselho Superior de Segurança, em que foi discutido o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI). Já os crimes violentos e graves registaram uma diminuição de 8,7%, apesar do crime de assalto a caixas multibanco ter crescido 73% no ano passado. 

"A criminalidade geral regista um crescimento de 3,3%", revelou Eduardo Cabrita.

Na criminalidade geral, segundo o ministro, o decréscimo é registado nos "grandes distritos" e em alguns distritos do interior há um "acréscimo". 

O ministro explicou que o aumento da criminalidade geral é devido ao aumento de três crimes em particular: moeda falsa, incêndios e outras burlas. 

No caso da moeda falsa, o "crime que mais cresce", Eduardo Cabrita explica que não estamos perante "um fenómeno na sociedade portuguesa", mas o aumento deve-se ao registo de processos de vários anos por parte da Polícia Judiciária. 

O crime de moeda por meras razões estatísticas, a Polícia Judiciária registou em 2017, um conjunto de processos relativos a vários anos e isso determina um crescimento de 246%, que não corresponde a nenhum fenómeno generalizado crescimento de circulanção de moeda falsa no país, mas tem este efeito estatístico muito marcante", disse. 

A segunda tipologia de crime que leva a um aumento da criminalidade geral, "decorre da situação dramática", vivida em Portugal, no verão: os incêndios. O número de crimes cresceu não só devido à intensificação da fiscalização das forças de segurança no terreno, mas também devido ao aumento do número de incendiários detidos. Este tipo de crime cresceu 27,8% e o ministro destacou que, já em 2018, mais de 30 suspeitos de crime de incêndio florestal foram detidos. 

Por fim, o ministro explica que o terceiro crime em causa são as "outras burlas" que incluem os casos relacionados com transanções efetuadas pela Internet. 

Outras burlas tem a ver com fenómenos que afetam os consumidores, e relativamente aos quais serão adotadas medidas de prevenção específica. Estamos a falar de burlas em vendas, no arrendamento de habitações, sobretudo através da Internet", explicou. 

 

Já em relação à criminalidade violenta, o RASI dá conta de um decréscimo de 8,7%, confirmando a tendência da última década, em que os crimes violentos têm vindo a crescer. 

"A criminalidade violenta e grave corresponde este ano a menos de 5%, 4,4%, para ser mais rigoroso, de toda a criminalidade registada", disse o ministro.  

Eduardo Cabrita adiantou ainda mais alguns dados sobre o RASI, nomeadamente a redução de 14% do furto em residência, redução de 11% do furto em veículo motorizado, a redução de 6,4% das ocorrências em meio escolar e a redução de 8,8% da criminalidade grupal. 

Em 2017, os assaltos a máquinas multibanco aumentaram 73%, mas o Governo garante que o pico alto destes crimes foi em outubro do ano passado e que a partir de  novembro, devido às medidas adotadas, houve um decréscimo que se prolongou para 2018, sendo que em fevereiro não foi registada qualquer assalto a caixas ATM. 

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