Menos de 1% dos doentes respitarórios têm acesso a reabilitação - TVI

Menos de 1% dos doentes respitarórios têm acesso a reabilitação

Alergias

Conclusões graves de um relatório sobre doenças que matam milhares em Portugal

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Menos de um por cento dos doentes respiratórios crónicos têm acesso a reabilitação respiratória, que os peritos consideram urgente incrementar em Portugal por ter um papel central na evolução da doença e na melhoria da qualidade de vida.

“A reabilitação respiratória é virtualmente inexistente em Portugal. A ela apenas têm acesso menos de 1% dos doentes que dela beneficiariam”, refere o relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratória apresentado esta segunda-feira.


Os especialistas do Observatório e da Fundação Portuguesa do Pulmão recomendam a criação “urgente” de uma rede nacional de reabilitação respiratória, sublinhando que a evidência científica recomenda que esta reabilitação seja parte integrante do tratamento dos doentes crónicos.

A reabilitação respiratória tem por objetivo a redução dos sintomas, a melhoria da capacidade funcional e da participação nas atividades da vida quotidiana, estabilizando ou revertendo outros problemas associados à doença, como disfunções musculares ou desnutrição.

Durante a apresentação do relatório, os responsáveis do Observatório sublinharam ainda as “dificuldades na acessibilidade aos cuidados primários” que, no caso dos doentes respiratórios, “tem consequências gravosas”.

Para os pneumologistas, a falta de profissionais de saúde é um dos indicadores dos problemas no acesso aos cuidados de saúde, com especial destaque para a carência de enfermeiros.

O médico Carvalheira Santos sublinhou, durante a sessão de apresentação do relatório, que a crise financeira trouxe uma diminuição dos recursos, mas, ao mesmo tempo, um aumento das doenças transmissíveis, das doenças respiratórias e, por isso, mais procura de recursos de saúde.

No que se refere às doenças respiratórios, em 2013 Portugal registou mais de 13 mil óbitos entre as seguintes patologias: pneumonia, cancro, asma, tuberculose e doença pulmonar obstrutiva crónica.

Caso sejam contabilizadas outras doenças, como a gripe ou as fibroses pulmonares, o número de mortos pode mesmo elevar-se a 17 mil.
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