O primeiro passo com vista à formação em Suporte Básico de Vida (SBV) foi dado com a assinatura do protocolo entre o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Direção Geral da Educação (DGE) que vai possibilitar a formação desta técnica a alunos do terceiro ciclo do ensino básico e a professores e funcionários.
Paulo Campos, que participou na cerimónia de assinatura do protocolo, que decorreu na escola D. Pedro V, em Lisboa, recordou que entre 25 a 30 pessoas por dia sofrem uma paragem cardiorrespiratória.
«Dentro de dez anos teremos os cidadãos preparados para serem o primeiro elo da cadeia de sobrevivência».
De acordo com o conceito de cadeia de sobrevivência, existe um conjunto de procedimentos e atitudes que, quando desencadeados de forma adequada e eficaz, aumentam a possibilidade de sobrevivência de vítimas de paragem cardiorrespiratória.
«É por isso fundamental que quem presencia este tipo de ocorrência reconheça a gravidade da situação e saiba como atuar, ligando de imediato 112 e iniciando manobras de SBV», prossegue o INEM.
Para Paulo Campos, o dia de hoje é «tão importante quanto o da criação do INEM, em 1981».
O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, também presente no encontro, sublinhou a importância do protocolo, alertando para a inevitabilidade dos acidentes.
«Os acidentes e imprevistos podem acontecer a qualquer um.»
Segundo o secretário de Estado e Adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, «Portugal está a preparar-se para responder com cada vez mais eficácia às paragens cardiorrespiratórias».
Fernando Leal da Costa aproveitou a sua presença na cerimónia de assinatura do protocolo para se dirigir aos jovens que esta quinta-feira receberam a primeira aula de SBV e alertar para os efeitos nefastos do tabaco, do álcool e da droga.