De acordo um comunicado divulgado esta sexta-feira pela Polícia Marítima, que se encontra na ilha grega de Lesbos desde 1 de outubro, integrada na missão internacional Poseidon Rapid Intervention, o bote, com o motor avariado, foi detetado durante uma patrulha.
“Dado que, no momento, as temperaturas se encontravam abaixo dos 0 graus centígrados e as crianças se encontravam molhadas, correndo risco imediato de entrar em hipotermia, a equipa da Polícia Marítima resolveu resgatar, para o interior da embarcação ARADE, todas as crianças, mulheres e a maioria dos homens”, adiantou a Polícia Marítima.
A força policial explicou que os bebés e as respetivas mães foram colocados dentro da cabine da embarcação portuguesa.
“Na impossibilidade de transportar todos os emigrantes e refugiados, alguns dos homens foram rebocados por uma embarcação de uma Organização Não-governamental [ONG] presente no local, tendo o bote sido seguido de perto pela equipa da Polícia Marítima”, acrescentou polícia portuguesa em comunicado.
Entre os migrantes resgatados estavam 27 bebés e crianças, 12 mulheres, uma das quais com mobilidade reduzida, e 26 homens.
“Depois de resgatados e durante a navegação, foram combatidos os efeitos da exposição ao frio através de mantas térmicas”, explicou a Polícia Marítima.
De acordo com a força policial portuguesa, todos os migrantes desembarcaram “em segurança”, tendo à sua espera, no porto de Skala Sikaminea, várias ONG e médicos, que prestaram apoio aos migrantes resgatados.
“Até ao momento, a equipa já resgatou, em segurança, e transportou para terra, 2.273 emigrantes e refugiados, que corriam risco de vida, sendo 574 bebés e crianças”, precisou a Polícia Marítima no comunicado.
A Polícia Marítima vai manter o apoio à guarda-costeira grega, integrada na missão da agência FRONTEX – a agência europeia de controlo de fronteiras -, até ao dia 30 de setembro.
(Foto de arquivo)