A equipa portuguesa da Polícia Marítima que está em missão na Grécia resgatou e apoiou 264 pessoas no mar Egeu nos últimos dois dias, informou esta segunda-feira a Autoridade Marítima Nacional.
A equipa, que se encontra na ilha de Lesbos desde 1 de outubro para apoiar a guarda costeira grega (integrada na operação Poseidon Rapid Intervention) fez quatro missões de busca e salvamento em três patrulhas, resgatando 93 crianças, 72 mulheres e 99 homens, especificou a Autoridade Marítima Nacional em comunicado.
Os migrantes e refugiados estavam em embarcações com os motores avariados e tinham sido deixados à deriva entre a Turquia e a Grécia por “facilitadores”.
Na madrugada de domingo foram feitas duas missões de busca e salvamento, tendo a equipa resgatado na primeira missão 58 pessoas, que viajavam num bote com o motor avariado e que se estava a afundar. De acordo com o comunicado o mar estava muito agitado e um dos ocupantes do bote estava em hipotermia.
As 58 pessoas foram transportadas para a embarcação da Polícia Marítima Arade.
Numa segunda missão foram resgatadas mais 37 pessoas, que viajavam numa embarcação de fibra “muito frágil” e que corria o risco de se virar e afundar.
Esta madrugada a equipa da Polícia Marítima encontrou uma lancha de fibra com 112 migrantes a bordo e que tinham sido abandonados à deriva pelos facilitadores de imigração. Ainda de acordo com o comunicado, 85 migrantes foram levados para um navio patrulha da guarda-costeira grega e os restantes para o Arade.
Até agora a Polícia Marítima já resgatou na região 2.794 migrantes “que corriam risco de vida”, dos quais 742 bebés e crianças.
A equipa da Polícia Marítima vai continuar a apoiar a guarda costeira grega até 30 de setembro. O objetivo é cooperar no controlo e vigilância das fronteiras marítimas gregas e no combate ao crime transfronteiriço.
(Foto de arquivo)