Covid-19: cerca de 1,2 milhões de alunos de regresso à escola com novas regras - TVI

Covid-19: cerca de 1,2 milhões de alunos de regresso à escola com novas regras

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  • RL - Notícia atualizada às 10:58
  • 17 set 2020, 07:41

Ao longo da semana, alguns estabelecimentos de ensino foram reabrindo, sendo esta quinta-feira o último dia estabelecido pelo Ministério da Educação para reiniciar as atividades letivas presenciais

Os mais de 1,2 milhões de alunos dos 1.º ao 12.º anos estão esta quinta-feira todos de regresso à escola para mais um ano letivo que começa com novas regras para tentar minimizar os impactos da covid-19.

Ao longo desta semana, alguns estabelecimentos de ensino foram reabrindo, sendo esta quinta-feira o último dia estabelecido pelo Ministério da Educação (ME) para reiniciar as atividades letivas presenciais.

No total, são mais de 5.300 escolas públicas e cerca de mil privadas que neste novo ano seguem um conjunto de regras definidas pelo ME e pela Direção-Geral da Saúde devido à pandemia de covid-19.

Leia também: Guia para o regresso às aulas: respostas a todas as perguntas

O uso de máscaras é agora obrigatório para todos os funcionários assim como alunos a partir do 2.º ciclo, o distanciamento físico será, sempre que possível, de pelo menos um metro e as escolas têm circuitos de circulação.

Outra das recomendações é a higienização frequente dos espaços, mas para isso, alertam diretores e sindicatos, faltam funcionários.

Do lado do governo, o ministro da Educação voltou a assegurar esta semana que o sistema está preparado para responder aos problemas, nomeadamente a falta de funcionários e docentes.

Tiago Brandão Rodrigues lembrou que há este ano mais 3.300 professores nas escolas, assim como mais 900 técnicos, desde psicólogos a terapeutas da fala.

No entanto, o novo ano letivo é encarado com preocupação pelos docentes com o Sindicato de Todos os Professores (STOP) a convocar uma greve que termina hoje para que os funcionários possam não ir trabalhar caso considerem que não estão garantidas as condições de segurança.

Outro dos problemas prende-se com os trabalhadores que pertencem a grupos de risco, nomeadamente no caso dos professores que criticam não poder recorrer ao teletrabalho, sobrando-lhes apenas a baixa médica.

Tal como os restantes funcionários públicos, tem de meter baixa, recebendo o salário apenas durante os primeiros 30 dias. Depois, as faltas continuam a ser justificadas, mas deixam de receber.

O novo ano letivo é também marcado pelo regresso à RTP Memória das aulas do #EstudoEmCasa, que começa com “revisões” da matéria do ano passado.

À semelhança do que vai acontecer na maioria das salas de aula do país, nas primeiras semanas o canal vai passar apenas conteúdos transmitidos no 3.º período do ano passado, para consolidação das aprendizagens.

Só dentro de um mês, a 19 de outubro, começam a ser transmitidas as novas aulas na RTP Memória.

Outra das soluções encontradas pelo ministério para tentar dar mais tempo aos alunos para recuperar e consolidar aprendizagens do ano passado foi aumentar os dias de aulas e diminuir as férias.

As medidas implementadas pretendem reduzir as hipóteses de ser preciso encerrar um estabelecimento de ensino devido a um surto de covid-19.

Os alunos irão estar agrupados em “bolhas” e caberá aos serviços de saúde decidir o que fazer se surgirem casos positivos de covid-10, sendo que a opção deverá sempre passar por enviar para casa apenas o grupo que esteve em contacto com o doente.

O ensino à distância deverá ser sempre a última opção. No entanto, para que não volte a haver milhares de alunos sem acesso às aulas por falta de equipamentos ou de rede, o ministro garantiu esta semana que até ao final do primeiro período chegarão 100 mil computadores às escolas.

Ansiedade e alegria no regresso à normalidade em escolas do Porto

A ansiedade dos pais contrastou com a alegria dos alunos no regresso à atividade das escolas Clara de Resende e Fontes Pereira de Melo, no Porto, que hoje iniciaram o ano letivo em contexto de pandemia de covid-19.

Ainda não eram 08:00 e havia já um aglomerado de alunos e pais à porta da Escola Clara de Resende, contrariando as regas de distanciamento social estipuladas pela Direção Geral da Saúde, para minimizar o contágio com covid-19.

Com uma única entrada na escola e os alunos a serem desinfetados por uma funcionária, gerou-se alguma confusão que foi mais tarde corrigida com a chegada de uma professora que agilizou todo o processo.

À porta da escola, pais ouvidos pela Lusa manifestavam “muita ansiedade” e alguma incredulidade sobre a capacidade do estabelecimento de ensino para responder aos cuidados estabelecidos.

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