Linhas: obras são «da competência do Estado» - TVI

Linhas: obras são «da competência do Estado»

Sociedade

Autarca quer envolver municípios na discussão, mas descarta responsabilidades

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O presidente da Câmara da Régua, Nuno Gonçalves, revelou à Lusa que pediu à secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, «celeridade» na reparação da linha ferroviária do Corgo, cuja circulação foi suspensa.

«É urgente que resolvam os problemas da linha para que este constrangimento possa ser ultrapassado o mais rápido possível», referiu o autarca (PSD), que defendeu a manutenção da linha.

«A secretária de Estado informou-me terça-feira, ao final da tarde, que, por questões de segurança, a linha era alvo de um grande projecto de intervenção», explicou. Nuno Gonçalves informou que tinha sido feito um estudo sobre a linha, por parte da REFER, após o último acidente da linha do Tua, no qual se concluiu que «havia falta de segurança na circulação das composições».

Várias ferrovias nacionais desactivadas

O líder camarário da Régua solicitou ainda a Ana Paula Vitorino que «envolvesse os autarcas da Régua, Santa Marta de Penaguião e de Vila Real (concelhos da área envolvente da linha do Corgo), na discussão do futuro» daquela ferrovia.

O autarca recusa qualquer papel dos municípios na gestão das obras, considerando que a reparação da linha do Corgo é responsabilidade do Estado. «A linha presta um serviço público para a região e, como tal, todas as intervenções são da competência exclusiva do Estado», referiu o autarca.

O presidente da Entidade Regional de Turismo do Douro confirmou que «a linha tem um grande valor comercial e um interesse turístico muito importante».

No entanto, António Martinho considera ser «necessário criar condições turísticas para que os visitantes do Douro possam usufruir da linha em perfeitas condições de segurança».

Cavaco não comenta

O Presidente da República escusou-se a comentar o encerramento da Linha do Corgo, , durante uma visita a Chaves, onde inaugurou um centro cultural junto à antiga estação de caminhos de ferro.

Cavaco Silva disse que não é da competência do Presidente da República comentar medidas concretas do executivo, porque pode parecer estar a tomar posição em relação aos combates políticos que se travam e acrescentou ainda que não gosta de abordar assuntos sobre os quais não tem informações suficientes.

Em tom de brincadeira, o chefe de Estado confessou gostar muito de comboios. No entanto, referiu que a decisão de fechar ou manter linhas deve ser objecto de análise.

«Encerrar ou manter? Também vale a pena fazer uma análise custo-benefício do ponto de vista social. Ver o que custa para as populações encerrar, quais os benefícios que resultam para as populações de manter aberto», frisou.
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