Saúde: mais queixas contra os prestadores públicos - TVI

Saúde: mais queixas contra os prestadores públicos

Saúde (Foto Cláudia Lima da Costa)

Relatório da Entidade Reguladora da Saúde. Regulador recebeu no primeiro semestre do ano passado 17.823 processos de reclamações, com os prestadores públicos a receberem mais queixas, mas também mais elogios dos utentes

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) recebeu no primeiro semestre do ano passado 17.823 processos de reclamações, com os prestadores públicos a receberem mais queixas, mas também mais elogios dos utentes, segundo um relatório deste organismo.

Dos 17.823 processos de queixas e reclamações que chegaram à ERS entre janeiro e junho de 2015, 66,3% relacionaram-se com prestadores públicos, sendo que os mais visados são aqueles que têm internamento.

A maioria das reclamações (50,9%) visava prestadores situados na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Na sequência do alargamento das competências da ERS, nomeadamente no âmbito territorial, foram ainda registados processos provenientes das Regiões Autónomas: dois relativos à Região Autónoma da Madeira e dois sobre prestadores da Região Autónoma dos Açores.

Este é, aliás, o primeiro relatório da ERS a ser elaborado e divulgado após a publicação do regulamento que definiu os termos, as regras e as metodologias que presidem ao seu Sistema de Gestão de Reclamações (SGRec), sendo por isso "bastante diferentes" dos anteriores

A temática mais recorrentemente assinalada nas reclamações é a dos tempos de espera (com 20,6% das ocorrências), seguindo-se os cuidados de saúde e segurança do doente (15,9%).

Os procedimentos administrativos, a focalização no utente, o acesso a cuidados de saúde, questões financeiras foram os outros motivos das queixas dos utentes.

"Os tempos de espera são o tema mais mencionado em reclamações visando prestadores com internamento, independentemente de se tratar de estabelecimentos do setor público ou não público", lê-se no documento. 

Em relação aos prestadores sem internamento, "no setor público há uma maior referência a dificuldades no acesso a cuidados de saúde, enquanto o setor não público reclama maioritariamente sobre procedimentos administrativos"

No primeiro semestre do ano passado, a ERS recebeu ainda 2.027 elogios e louvores, na sua maioria provenientes de utilizadores de estabelecimentos localizados na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo (55,7%).

As unidades do setor público receberam 73,3% dos elogios, os quais são mais frequentes em estabelecimentos com internamento.

O pessoal clínico (33,9%) e a organização dos serviços clínicos (23,5%) são os mais visados nestes elogios.

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