Dormir seis a oito horas por noite «prolonga» a vida - TVI

Dormir seis a oito horas por noite «prolonga» a vida

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Dormir oito horas por noite já era defendido como o ideal, mas um novo estudo veio demonstrar que dormir entre seis a oito traz ainda mais benefícios

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Adultos que dormem entre seis e oito horas têm menos risco de morrer mais cedo do que aqueles que dormem menos de seis e mais de oito. A investigação partiu de Franco Cappuccio, professor de medicina cardiovascular e epidemiologia da Universidade de Warwick, no Reino Unido.

Por norma, os especialistas aconselham um sono de oito horas por noite, mas a nova investigação realizada durante 10 anos veio mostrar que há um aumento gradual no risco de mortalidade nos adultos que dormem mais de oito horas e menos de seis.

Franco Cappuccio dividiu cerca de um milhão de pessoas por três grupos: aqueles que dormiam menos de seis horas por noite; aqueles que dormiam entre seis e oito horas; e os que dormiam mais de oito horas. Verificou que morreram 12% dos índividuos que dormia menos horas. A percentagem de mortes aumentou para 30% nos indivíduos que dormiam mais de 8 horas.

Os investigadores acreditam que as pessoas que dormem mais de oito horas têm uma taxa tão elevada de risco de morte, porque muitas vezes têm problemas de saúde subjacentes, sendo que «não é o facto de dormir tantas horas que aumenta o risco de mortalidade, mas sim a doença oculta». 

«O adulto típico de hoje relata sete horas de sono por noite. E isso, na verdade, parece ser a duração mediana na população adulta em todo o mundo. O que sugere que há algo em torno das sete horas que é natural para o cérebro», afirma o médico do Centro de Distúrbios do Sono da Universidade de Massachusetts, Gregg Jacobs.


Shawn Yougstedt, professor da «Arizona State University», também realizou um pequeno estudo com 14 jovens adultos a quem foi pedido que dormissem mais duas horas por noite durante três semanas.

Os participantes sofreram um «aumento do estado depressivo» e queixaram-se de dores nas costas, problema que o Yougstedt atribuiu à falta de atividade durante o sono. Para além disso, o professor detetou um «aumento de inflamação» devido à presença de elevados níveis da proteína IL-6 na corrente sanguinea.

«Tendemos a realizar estudos com métodos muito simples, como perguntar às pessoas quantas horas em média dormem por noite», afirma Youngstedt que está a realizar um novo estudo em que os adultos dormem menos uma hora do que o habitual. 

Quanto à qualidade do sono todos os especialistas são unânimes em dizer que afeta, de forma significativa, a saúde e qualidade de vida, por isso, se dormir mais do oito horas o faz sentir bem, não deixe de o fazer.

 
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