RASI: detenções de incendiários aumentaram 532% - TVI

RASI: detenções de incendiários aumentaram 532%

  • CM
  • 29 mar 2018, 22:47
Incêndios consomem centenas de milhares de hectares

Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna, em 2017 foram constituídos 1.099 arguidos pelo crime de incêndio florestal

As detenções por crime de incêndio florestal quase que triplicaram em 2017 em relação ao ano anterior, tendo aumentado em 532% o número de pessoas constituídas arguidas, indica o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), divulgado nesta quinta-feira.

No ano passado foram detidas 309 pessoas pelo crime de incêndio florestal, representando um aumento de 166% face a 2016.

Já o número de pessoas constituídas arguidas aumentou 532%, passando dos 174 arguidos em 2016 para 1.099 em 2017, ano em que ocorreram os piores incêndios em Portugal e em que morreram 115 pessoas.

Em 2017 registaram-se 17.556 ocorrências de fogo, que contribuíram para 508.685 hectares de área ardida, a maior de sempre.

Em consequência da severidade de muitos dos incêndios e da elevada continuidade de combustível presente na floresta portuguesa, o ano fica tragicamente marcado por dois episódios muito severos que originaram um elevado número de vítimas mortais”, observa o RASI, dando conta dos incêndios de junho em Pedrógão Grande, que depois se estendeu aos concelhos vizinhos, e de outubro na região centro.

O mesmo documento destaca um aumento de 2.442 crimes de incêndio/fogo posto em floresta, mata, arvoredo ou seara em 2017 face ao ano anterior, o que corresponde a um aumento de 27,8%.

No ano passado registaram-se 11.221 crimes de incêndio florestal, representando os distritos do Porto, Braga, Vila Real e Santarém cerca de metade das participações.

No âmbito da prevenção e combate, o relatório refere que as forças de segurança registaram 7.766 contraordenações em 2017, mais 162% do que em 2016.

Segundo o RASI, a criminalidade violenta e grave diminuiu 8,7% no ano passado, em relação a 2016, enquanto os crimes gerais aumentaram 3,3%.

O relatório reúne os indicadores de criminalidade registados pela Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Polícia Judiciária, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, Autoridade Tributária e Aduaneira e Polícia Judiciária Militar.

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