Marcelo sobre enfermeiros: "É uma boa notícia o respeito pelos serviços mínimos" - TVI

Marcelo sobre enfermeiros: "É uma boa notícia o respeito pelos serviços mínimos"

Depois de ter criticado a postura dos enfermeiros, que admitiram não se apresentar ao trabalho com a decisão do Governo de recorrer à requisição civil, Presidente da República saúda agora a "boa notícia haver preocupação de todos com os doentes e com os seus direitos"

"A minha posição é muito simples acho uma boa notícia o respeito pelos serviços mínimos ontem. É uma boa notícia haver preocupação de todos com os doentes e com os seus direitos". Marcelo Rebelo de Sousa reagiu, este sábado, com estas palavras, ao balanço do primeiro dia em que a requisição civil de enfermeiros esteve em vigor.

Na sexta-feira à noite, a ministra da Saúde tinha feito um balanço positivo da medida decretada para quatro centros hospitalares. 

Hoje, o Presidente da República foi ainda questionado pelos jornalistas sobre a reação dos enfermeiros à requisição civil, através de intimação. Sobre isso, disse que "todos devemos esperar, respeitando o papel do órgão de soberania como são os tribunais, a decisão judicial"

Na quinta-feira, na estreia do programa "Circulatura do Quadrado", na TVI24, Marcelo considerou "intolerável" que estes profissionais admitissem não se apresentar ao trabalho, desrespeitando o mecanismo legal da requisição civil. 

Criticou também a forma como os enfermeiros financiam a greve às cirurgias, dizendo que "pode ser considerada ilegal". Em causa está o crowdfunding utilizado pelos sindicatos destes profissionais de saúde. 

Misericórdias e Lei de Bases da Saúde

À margem do XIII Congresso Nacional das Misericórdias, no Algarve, foram ainda feitas perguntas a Marcelo Rebelo de Sousa sobre o papel do setor social e a Lei de Bases da Saúde (que, no mesmo programa da TV24, deu a entender que poderá vir a vetar). O chefe de Estado tem "esperança" de que seja possível no articulado da lei encontrar uma "solução que permita acolher os vários setores, cooperando entre si e reconhecendo o que cada um deles tem para contribuir".

Defensor desde sempre das misericórdias e do setor social, também desta vez Marcelo quis sublinhar que Portugal é "um país envelhecido", cada vez mais.

Vai ser preciso ter condições de acolhimento de uma população idosa cada vez mais numerosa. Os hospitais publicos não devem servir para isso, têm outras prioridades; o setor privado não vai servir para isso na grande maioria dos casos, claramente. O setor social, também aí, é insubstituível"

Espera que as misericórdias possam, inclusive, fazer parte do Conselho Económico e Social, obterem o estatuto de parceiros sociais, terem voz. São "um interlocutor social importante".

Encontro com o diretor nacional da PSP

Noutro plano, o da segurança, e depois de criticado pela Polícia de Segurança Pública pela visita ao Bairro da Jamaica, Marcelo também a isso respondeu aos jornalistas, mas não se alongou.

Chamei ontem o diretor nacional da PSP porque eu tinha qu conhecer através da instância hieraárquica adequada a posição sobre problemas sociais, laborais e de funcionamento da PSP, instituição muito importante para o nosso país. Entendia que devia ser com ele".

 

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