PJ investiga morte de duas idosas em casa de acolhimento ilegal - TVI

PJ investiga morte de duas idosas em casa de acolhimento ilegal

  • António Pereira Gonçalves
  • 4 mar 2021, 15:38

Iam ao local para transferir a mulher, mas encontraram-na morta, tal como a outra utente

Duas mulheres, de 90 e 92 anos, morreram num apartamento que acolhia idosos de forma clandestina na localidade de Riachos, concelho de Torres Novas. A primeira morte aconteceu na terça-feira, a segunda na quarta-feira.

Os vizinhos já desconfiavam que algo de estranho se passava na residência, e nem a autarquia sabia da existência desta casa de acolhimento ilegal, que albergava quatro idosas.

Ninguém sabia disto. Desde o início da pandemia que temos corrido tudo, e afinal ainda apareceu este caso", explica o presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira.

Pouco se conhece da proprietária da casa, mas os vizinhos dizem que ela estava pouco presente no local.

As outras duas utentes, com 85 e 87 anos, foram encaminhadas para o hospital, onde realizaram um teste à covid-19 que deu negativo.

No acompanhamento que é feito aos elementos dos bombeiros chamados para recolher os cadáveres, a GNR entendeu estar perante uma situação anómala, tendo a investigação sido entregue à PJ de Leiria.

O coordenador do Departamento de Investigação Criminal da PJ de Leiria, Fernando Jordão, disse hoje à Lusa que, desde quarta-feira, estão a ser realizadas diligências e a ser ouvidas pessoas para se apurar se a morte das duas idosas, de 92 e 90 anos, decorreu de alguma conduta criminosa.

Também em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Torres Novas, Pedro Ferreira, adiantou que nesta casa de acolhimento, em situação “completamente irregular”, se encontravam quatro idosas, estando as duas sobreviventes bem, depois de terem passado a noite na unidade de Torres Novas do Centro Hospitalar do Médio Tejo, aguardando agora colocação em casas de familiares ou numa estrutura referenciada pela Segurança Social.

Sublinhando a sua surpresa com a existência desta habitação, num prédio de apartamentos, situado junto a um bairro da vila de Riachos, sem as condições mínimas para funcionar como casa de acolhimento, Pedro Ferreira disse aguardar pelos relatórios da PJ, da Segurança Social e da Autoridade de Saúde Local para esclarecer o que de facto se passou.

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