Retirada mais de meia tonelada de peixes mortos em Coimbra - TVI

Retirada mais de meia tonelada de peixes mortos em Coimbra

  • 1 set 2017, 18:54
Peixes mortos (arquivo)

Câmara Municipal já pediu à EDP "a abertura urgente" das comportas da barragem no rio Ceira. Morte de peixes estará relacionada com falta de água e com cinzas dos incêndios

Mais de meia tonelada de peixes mortos foram retirados esta sexta-feira do rio Ceira, informou a Câmara Municipal de Coimbra, que apelou à EDP "a abertura urgente" das comportas da barragem do Alto Ceira.

O Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR de Coimbra deslocou-se à zona do Cabouco, Coimbra, na terça-feira, tendo constatado "uma grande quantidade de peixes mortos" no rio Ceira, disse à agência Lusa, fonte do comando territorial da GNR.

De acordo com a mesma fonte, a causa da morte dos peixes poderá estar relacionada com as cinzas provocadas pelo incêndio que lavrou na zona e que terão escorrido para o rio após a forte chuva de segunda-feira.

Durante esta sexta-feira, elementos da Câmara Municipal de Coimbra (bombeiros sapadores e funcionários da divisão do ambiente) recolheram 520 quilos de peixe morto, que foram colocados em aterro.

O pessoal envolvido foi ainda forçado a utilizar máscaras devido ao cheiro nauseabundo", afirmou a autarquia em nota de imprensa.

Na mesma nota, o município disse que, através do Serviço Municipal de Proteção Civil, apelou à EDP para abrir com caráter de urgência as comportas da barragem do Alto Ceira.

A descarga em contínuo de caudal possível não só seria benéfica ao nível da renovação da água, contribuindo para eliminar os agentes que estão a provocar a morte dos peixes e salvando a vida dos espécimes que possam estar em risco, como contribuiria para arrastar para jusante os que agora se encontram, em putrefação, a boiar no rio", realça a Câmara Municipal de Coimbra.

Para a autarquia, a situação verificada no rio Ceira trata-se de "um verdadeiro problema ambiental e de saúde pública junto às povoações ribeirinhas com possíveis graves consequências ao nível da captação e da distribuição de água para consumo humano".

De acordo com o município, já foram alertadas a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a GNR/SEPNA, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a delegação de saúde de Coimbra.

Foram pedidas análises à qualidade da água "para garantia das suas características e, consequentemente, de fornecimento e da saúde dos cidadãos, além da determinação dos fatores que originaram esta situação", acrescentou o município, na mesma nota de imprensa.

A Câmara Municipal de Coimbra afirmou ainda que a recolha dos peixes mortos vai continuar no sábado, em Cabouco, Boiça e Tapada.

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