Estado perdeu o rasto a jovens acolhidos em instituição - TVI

Estado perdeu o rasto a jovens acolhidos em instituição

  • SS
  • 4 dez 2018, 10:34
Crianças

As três raparigas e os dois rapazes, que eram obrigados a mendigar em falsos peditórios e a roubar em centros comerciais, foram acolhidos numa instituição. O Estado perdeu o rasto dos jovens, que estão a ser procurados em vários países

Três raparigas e dois rapazes, que foram acolhidos numa instituição em Portugal, estão desaparecidos. Segundo o jornal Público, o Estado perdeu o rasto dos jovens, que estão a ser procurados em vários países.

Os cinco jovens, que atualmente terão idades entre os 12 e os 18 anos, são de nacionalidade romena.

Dois adultos, pais de quatro dessas crianças e que trouxeram o quinto menor da Roménia para Portugal, obrigavam os jovens a mendigar em falsos peditórios e a roubar em centros comerciais, no Porto.

Os progenitores, de 35 e 37 anos, foram detidos numa operação do SEF, em 2017. Esta operação decorreu num apartamento de dois quartos onde viviam os cinco jovens, os pais e outros cinco adultos romenos. Os pais e um outro homem ficaram presos. Quatro adultos acabaram por ser libertados.

Após a operação, e por decisão judicial, os jovens ficaram sob a responsabilidade do Estado e foram para um lar de acolhimento. Mas, entretanto, desapareceram da instituição e ninguém sabe do seu paradeiro.

Segundo o Público, o governo francês terá lançado um alerta sobre os jovens para todas as polícias europeias, o que acontece quando há suspeitas de estarem a ser exploradas por redes criminosas para fins sexuais ou laborais.

O SEF confirmou ao jornal que “estão difundidos pelo sistema de informação dos países europeus do espaço Schengen vários pedidos de localização judicial dos menores desaparecidos”.

Como as autoridades não conseguiram localizar os jovens, o Tribunal de Família e Menores do Porto arquivou, em junho, os processos de proteção abertos quando os adultos foram presos.

Os três adultos estão a ser julgados por crimes de maus tratos, utilização das crianças para a mendicidade, um crime de tráfico de seres humanos e associação criminosas.

As alegações finais dos advogados e do Ministério Público estão previstas para esta quarta-feira.

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