O Ministério Público vai levar a julgamento 30 arguidos, alegadamente pertencentes a uma rede transnacional, que se dedicava a assaltos a residências e a estabelecimentos comerciais em Portugal, comunicou a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
Os arguidos, 22 de nacionalidade romena, dois húngaros, um cabo-verdiano e cinco portugueses, são indiciados pelos crimes de associação criminosa, furto na forma qualificada e recetação.
Segundo nota da PGDL, «os arguidos principais formavam uma organização criminosa, hierarquicamente estruturada, destinada à prática reiterada, estudada, concertada e sistemática de assaltos, em todo o território português, a residências, armazéns e estabelecimentos comerciais, em especial ourivesarias, tabacarias, papelarias, quiosques, postos de abastecimento de combustível, oficinas e restaurantes».
A atividade do grupo «desenvolveu-se intensamente» em 2011 e 2012, com a maior parte dos assaltos a ser executada «por encomendas, muitas delas com origem na Roménia».
Em março de 2012, a Polícia Judiciária «pôs termo» à atividade dos arguidos, 'com a realização de inúmeras buscas domiciliárias e a detenção dos arguidos principais», além da apreensão de «milhares de objetos, produto dos crimes praticados de norte a sul do país».
Na investigação, dirigida pela 10.ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, "foi efetuada uma laboriosa investigação criminal relativa a todos os furtos e recetação indicados, com a agregação de 34 inquéritos e apreensão e exame do produto dos crimes".
Presentemente, 19 dos 30 arguidos estão em prisão preventiva, enquanto quatro têm obrigação de permanência na habitação e os restantes sujeitos a obrigações de apresentação periódica.
Foram cumpridos cinco mandados europeus de detenção, noticia a Lusa.
Rede de assaltos com ramificações internacionais no banco dos réus
- tvi24
- 18 mar 2013, 20:54
São 30 arguidos: 22 de nacionalidade romena, dois húngaros, um cabo-verdiano e cinco portugueses
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