Advogado de António Joaquim tinha expectativa que Relação "não acolhesse a ausência de prova" - TVI

Advogado de António Joaquim tinha expectativa que Relação "não acolhesse a ausência de prova"

Ricardo Serrano Vieira, advogado de António Joaquim, disse, esta noite num debate na TVI24, que o recurso ao Supremo Tribunal de Justiça é o próximo passo e que essa decisão “fazia parte estratégia de defesa fosse qual fosse o resultado da primeira instância"

O Tribunal da Relação de Lisboa reverteu a decisão da primeira instância e condenou António Joaquim, amante de Rosa Grilo, a 25 anos de cadeia em cúmulo jurídico - 24 pelo homicídio de Luís Grilo e um ano por profanação de cadáver. Tendo, no entanto, mantido a pena de Rosa Grilo, que tinha sido condenada pelo Tribunal de Loures à pena máxima de 25 anos.

Ricardo Serrano Vieira, advogado de António Joaquim, disse, esta noite num debate na TVI24, que, por um lado, não ficou surpeendido com a decisão, porque não é a primeira vez que vê um caso como estes, mas, por outro lado, tinha outra expectativa da decisão da Relação. 

Já não é a primeira vez na minha atividade de advogado, no âmbito do direito penal, que acontece um caso idêntico a este, ou seja, absolvição na primeira instância e, por sua vez, condenação na segunda instância. No caso em concreto, confesso que tínhamos alguma expectativa que o Tribunal da Relação não acolhesse a ausência de prova da primeira instância”.

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Quanto ao recurso ao Supremo Tribunal de Justiça, o advogado deixou claro que esse vai ser o próximo passo e que essa decisão “fazia parte estratégia de defesa fosse qual fosse o resultado da primeira instância".

Serrano Vieira não concorda com a tese de que o procurador que fez o julgamento tenha desvalorizado as provas que a Polícia Judiciária reuniu, "antes pelo contrário", reforçou. 

Fez ainda questão de sublinhar que todos os relatórios periciais que existem relativamente à arma do crime foram inconclusivos e desmentiu o facto de António Joaquim e Rosa Grilo terem desligado os telemóveis, uma vez que não existe no processo nenhuma demonstração que isso tenha acontecido.

Questionado sobre qual o estado de espírito do seu arguido, Ricardo Serrano Vieira diz que este tem tentado restabelecer a sua vida. 

O Sr. António desde que foi posto em liberdade, no dia 6 de dezembro do ano passado, tentou restabelecer, dentro dos possíveis, a sua vida. Está a trabalhar e assim irá estar até que exista alguma alteração atual das circunstâncias dele”.

 

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