Duarte Lima acusado há um ano de homicídio - TVI

Duarte Lima acusado há um ano de homicídio

Duarte Lima (Lux)

Quase três anos depois da morte de Rosalina Ribeira ainda não se conhece o desfecho do caso

Já passou um ano desde que Duarte Lima foi formalmente acusado pelo homicídio de Rosalina Ribeiro. No entanto, as dúvidas quanto ao que se passou na noite de 7 de dezembro de 2009 e quanto ao desfecho do processo ainda persistem.

A audiência de instrução e julgamento, que vai definir se o advogado será pronunciado e julgado por um júri popular no Brasil, iniciou-se em maio, mas continua sem data prevista para terminar.

Segundo o que a Lusa apurou, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pretende ouvir ainda pelo menos uma testemunha, no dia 12 de novembro, por carta rogatória.

O advogado de Duarte Lima no Brasil, Saulo Morais, declarou à Lusa que ainda falta ouvir «quatro ou cinco pessoas», evitando comentar quantas eram testemunhas da defesa e quantas da acusação.

Na primeira audiência, realizada em 30 de maio, na Comarca de Saquarema, o município do Rio de Janeiro onde corre o processo e que fica situado próximo do descampado onde o corpo de Rosalina Ribeiro foi encontrado, quatro testemunhas da acusação foram ouvidas. Entre essas testemunhas figurava a filha de Lúcio Tomé Feteira, Olímpia Feteira, que disputava com a vítima a herança do pai na justiça portuguesa.

Na mesma audiência, o juiz Ricardo Pinheiro Machado, responsável pelo caso, ouviu ainda o depoimento dos dois polícias brasileiros responsáveis pelas investigações do caso, e de Armando Manuel Custódio de Carvalho, afilhado de Rosalina.

Uma segunda audiência, realizada a 5 de setembro deste ano, terminou sem avanços, uma vez que as duas testemunhas convocadas pela defesa não compareceram.

As duas pessoas que deveriam ser ouvidas eram polícias brasileiros que supostamente faziam segurança privada a Rosalina e, na ocasião, um dos advogados de Duarte Lima informou que pediria a sua substituição sem explicar a ligação dos novos depoentes com o caso.

Pelo menos outras quatro testemunhas foram ouvidas por carta rogatória, em comarcas distintas, o que levou a um aumento dos trâmites burocráticos.

Entre as testemunhas ouvidas por rogatória estão duas amigas de Rosalina - Maria Alcina e Rosemary. Esta última confirmou em juízo que a amiga portuguesa lhe tinha contado que Duarte Lima insistia para que ela assinasse «um documento» e que se zangara com ele por causa disso.

A última carta rogatória, enviada para Minas Gerais, trouxe ao processo uma mulher, alegadamente amiga de Duarte Lima, que diz ter estado com ele no dia 6 de dezembro, um dia antes do crime, em sua casa, em Belo Horizonte.

Após ouvir todas as testemunhas seria a vez de a justiça ouvir o arguido. O juiz Ricardo Pinheiro Machado já informou que iria estudar a melhor maneira de ouvir Duarte Lima, não descartando a hipótese de uma carta rogatória.

Duarte Lima encontra-se em prisão domiciliária com pulseira eletrónica em Lisboa ao abrigo de um outro processo onde estão a ser investigados crimes de burla, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
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