Deputados querem explicações sobre o "negócio do plasma" - TVI

Deputados querem explicações sobre o "negócio do plasma"

Bastonário da Ordem dos Médicos diz que presidente da ARS-LVT não tem condições para continuar no cargo. Uma situação desencadeada por uma reportagem da TVI

Relacionados
A reportagem da TVI sobre o plasma e algumas ligações à indústria farmacêutica está a gerar mal-estar nos meios da saúde e da política. Dois intervenientes vão dar explicações aos deputados na próxima semana.
 
O plasma dos dadores portugueses começará a ser aproveitado até outubro e poderá traduzir-se numa poupança de mais de 30 milhões de euros por ano ao país.

 
“O concurso em si seguramente que vai trazer mais-valias de bastantes milhões de euros ao país. A autossuficiência, essa, infelizmente, não temos dádivas suficientes para a conseguir”, disse à TVI o presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), Hélder Trindade.

 
Nada pacífica tem sido a manutenção de Luís Cunha Ribeiro à frente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT). O homem que integrou o júri de polémicos concursos públicos que deram a vitória à Octapharma e que viveu anos na casa de Paulo Holanda de Castro - o homem forte da Octapharma -, mas que o secretário de Estado Leal da Costa considerou não ser incompatível.
 

“Acho que no caso do presidente da ARS-LVT, ou apresenta o contrato de arrendamento - que de facto não é uma questão pessoal porque é uma pessoa que ocupa um lugar público - ou então deve demitir-se ou ser demitido”, disse o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva.
 

“A reportagem analisou toda uma série de situações e esses próprios quadros têm de fazer a sua própria - não digo defesa, porque não há propriamente uma acusação -, mas justificar o que entenderam”, acrescentou Hélder Trindade.

“Ou explica, com documentação para ficar claro tudo o que lhe é apontado ou então não tem efetivamente condições de continuar a desempenhar aquele cargo”, frisou o deputado Bruno Vitorino.

 
Surpreendidos com o negócio do plasma, os deputados exigem explicações e votaram esta quarta-feira, por unanimidade, a ida, já na próxima semana à Assembleia da República, do presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, que assinou um contrato de fracionamento do plasma dos seus dadores com a Octapharma e de Hélder Trindade, do Instituto Português do Sangue e Transplantação. 
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE