Educadora e auxiliar de creche acusadas de maus tratos a crianças de três a cinco anos - TVI

Educadora e auxiliar de creche acusadas de maus tratos a crianças de três a cinco anos

  • 6 fev 2018, 17:44
Criança (Reuters)

Ministério Público acusa as funcionárias do jardim de infância de 25 crimes de maus tratos. Uma das crianças chegou mesmo a tentar fugir da escola após ter sido agredida pelas duas arguidas

O Ministério Público (MP) de Santa Maria da Feira deduziu acusação contra uma educadora de infância e uma auxiliar de educação infantil por 25 crimes de maus tratos, cada uma, a crianças com idades entre os três e cinco anos.

Segundo o despacho de acusação a que a agência Lusa teve acesso, os alegados maus tratos terão ocorrido entre setembro de 2015 e abril de 2016, no jardim de infância da escola de Vendas Novas, em Fiães, onde as arguidas trabalhavam.

De acordo com a investigação, as arguidas “agrediram física, verbal e psicologicamente as crianças, desferido sapatadas de mão aberta nas nádegas e face, tratando-as de modo rude e agressivo”.

Ainda segundo a acusação do MP, as arguidas impunham "um clima de medo", admoestando os menores com agressividade, gritando com as mesmas e não realizavam atividades didáticas com as crianças.

Não era para contar em casa

Para que não fossem surpreendidas, as arguidas trancavam a porta da sala por dentro e diziam ainda às crianças que o que se passava ali não era para contar em casa, referem os investigadores.

A acusação do MP descreve várias situações de agressões físicas e verbais ocorridas na sala do pré-escolar.

Numa dessas situações, a educadora terá pisado a mão de uma criança com o tacão do sapato, como forma de retaliação relativamente a um comportamento da menor que considerou desajustado, e numa outra terá fechado uma criança na casa de banho, trancando a porta e deixando-a sozinha.

Uma das crianças chegou mesmo a tentar fugir da escola após ter sido agredida pelas duas arguidas.

Como consequência da atitude das arguidas, o MP diz que as crianças passaram a ter sintomas de ansiedade, como perturbações do sono, pesadelos, falta de apetite, enurese, tristeza, choro fácil e diziam aos pais que não queriam ir para a escola.

O MP deduziu um pedido de indemnização civil contra as arguidas, reclamando de cada uma delas o pagamento de um montante não inferior a mil euros a cada um dos demandantes.

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