Cegueira: dois doentes com «melhoria muito considerável» - TVI

Cegueira: dois doentes com «melhoria muito considerável»

Olho

Responsável disse que ainda é difícil avaliar qual o estado da pessoa que foi operada

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O director do serviço de Oftalmologia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, onde estão internados seis doentes que ficaram cegos depois de um tratamento oftalmológico, disse que dois deles apresentam uma «melhoria muito considerável».

Sobre a pessoa que foi operada este sábado, Monteiro Grilo explicou, numa conferência de imprensa realizada esta tarde, que, nesta altura ainda não é possível fazer uma avaliação do seu estado. «Foi uma cirurgia como alguma complexidade e, neste momento, num pós-operatório imediato, é difícil dizer qual o resultado dessa nossa intervenção».

O médico referiu que esta pessoa foi submetida a uma cirurgia «dado haver o agravamento muito marcado da sua situação clínica» e «para tentar recuperar alguma visão a este doente».

Sobre os outros cinco, Monteiro Grilo disse que «do ponto de vista anatómico estão melhor», com «uma melhoria muito considerável» em dois deles. «Outros três doentes estão numa situação estável em termos de função visual», adiantou.

«O facto de não termos intervencionado cinco destes doentes não significa que durante a semana, se por ventura consideramos que do ponto de vista clínico possa ser vantajoso para a melhor evolução destes doentes, isso não seja feito», disse.

O responsável sublinhou ainda que está é uma «situação clínica completamente anómala» sem qualquer paralelo a nível mundial. «Trata-se de uma situação com que nos deparamos de que não existe registo em qualquer lugar do mundo, razão pela qual entendemos que devíamos ter a opinião e ajuda de colegas», sublinhou.



«Produto injectado»

Sobre as explicações para o que terá acontecido com os seus doentes que perderam a visão, o presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, António Travassos, disse esta «absolutamente convencido que se trata de uma endoftalmite química». De algo relacionado com o «produto injectado».

Questionado sobre se terá sido devido ao Avastin, o fármaco supostamente administrado aos pacientes, o responsável disse: «Não posso responder a essa pergunta, espero que sobre essa perguntas as autoridades responsáveis rapidamente nos esclareçam».

Por seu lado, o director do serviço de Oftalmologia admite que a injecção de uma substância tóxica esteja na origem do problema, uma vez que a produto utilizado nunca tinha produzido aquele efeito.
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