Tripulantes da avioneta incorrem em homicídio por negligência - TVI

Tripulantes da avioneta incorrem em homicídio por negligência

  • Laura Ravera - Atualizada às 18:50
  • 3 ago 2017, 17:14

Tribunal de Almada ouviu piloto e instruendo e decidiu manter-lhes a medida de coação menos gravosa, o termo de identidade e residência

O piloto e o instruendo que tripulavam a avioneta que aterrou na praia de S. João, na Costa de Caparica, matando duas pessoas vão continuar com termo de identidade e residência, após terem sido ouvidos no Tribunal de Almada durante cerca de três horas, nesta quinta-feira.

Concluídos os interrogatórios, que foram conduzidos pelo Ministério Público, os arguidos ficaram sujeitos à medida de coação de termo de identidade e residência", indica o comunicado do Ministério Público enviado às redações.

De acordo com a nota do Ministério Público, os dois arguidos poderão vir a ser acusados de um crime de homicídio por negligência.

As investigações prosseguem, estando em causa a eventual prática de crime de homicídio por negligência", consta no comunicado.

O comunicado acrescenta ainda que, na investigação, "o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária em colaboração com o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários".

O processo está em segredo de justiça.

O interrogatório ao piloto e instruendo terminou cerca das 17 horas.

À saída, os dois homens não prestaram declarações e partiram no mesmo carro, numa altura em que ainda não se sabe quem ia a pilotar o Cessna 152.

Recorde-se que, em paralelo, correm dois processos: este, de natureza judicial, no âmbito do Ministério Público, e outro de natureza técnica, levado a cabo pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves.

A aeronave, que realizava um voo de treino, saiu de Cascais e tinha com destino Évora, tendo entrado em contacto com uma torre de controlo reportando problemas. Acabou por aterrar no areal de São João, praia onde se encontravam centenas de pessoas.

Continue a ler esta notícia