15 mil doentes passaram pelos cuidados continuados - TVI

15 mil doentes passaram pelos cuidados continuados

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Dados desde 2006 até agora. Cinco mil pessoas referenciadas para a rede e que foram excluídas. Francisco Ramos explicou que «não entraram porque o seu internamento não era adequado». O secretário de estado relembrou que «a instalação da rede é um plano a 10 anos

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O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, revelou esta terça-feira no Porto que desde que a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) foi criada, em 2006, já foram cuidadas e tiveram alta 15 mil pessoas, noticia a Lusa.

«A rede tem neste momento três mil e poucas camas, sabemos que estamos muito longe de cobrir as necessidades de todo o país, mas estamos a trabalhar para isso», afirmou Francisco Ramos.

O secretário de estado relembrou que «a instalação da rede é um plano a 10 anos».

De acordo Francisco Ramos, este ano a meta é atingir as «quatro mil camas» para que em 2009 se possa alcançar «o objectivo exigente de chegar às sete mil».

«Significará já muito perto de 50 por cento das necessidades identificadas no início do projecto», afirmou.

Cinco mil pessoas excluídas

Questionado sobre as cinco mil pessoas referenciadas para a rede e que foram excluídas, Francisco Ramos explicou que «não entraram porque o seu internamento não era adequado».

A coordenadora da RNCCI, Inês Guerreiro, disse segunda-feira à Lusa que mais de cinco mil doentes foram excluídos nos últimos dois anos por não cumprirem as regras de admissão e serem casos sociais sem justificação clínica ou simplesmente por precisarem de mais internamento hospitalar.

«De facto, a rede de cuidados continuados tem um objectivo e um destino muito específico que é prestar cuidados de saúde no âmbito dos cuidados continuados, ou seja, num âmbito bem preciso. É normal que no início de um novo programa haja eventualmente referenciação que não seja adequada», considerou o secretário de Estado.

Francisco Ramos falava aos jornalistas no final da assinatura de um protocolo de colaboração com a Santa Casa da Misericórdia do Porto relativo a uma nova Unidade de Longa Duração e Manutenção.

Esta unidade, com capacidade para 37 camas, esta instalada no Hospital Psiquiátrico Conde Ferreira e pronta a entrar em funcionamento.

«Neste momento, estamos perto das mil camas contratualizadas na região Norte, mas há mais cerca de 500 camas distribuídas pelas quatros tipologias - patologias, convalescença, media e longa duração - que estão em processo de contratualização», disse o secretário de estado.

A assinatura do protocolo com a Misericórdia do Porto insere-se no âmbito do segundo aniversário da RNCCI que é assinalado, esta semana, com várias iniciativas.

A Rede, criada pelos ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Saúde em 2006, é formada por um conjunto de instituições públicas e privadas que prestam cuidados continuados de saúde e de apoio social.

Tem como objectivos a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência.
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