Aneurisma da aorta abdominal: a doença silenciosa que mata - TVI

Aneurisma da aorta abdominal: a doença silenciosa que mata

No Dia Nacional da Aorta Abdominal, a explicação e os conselhos sobre décima causa de morte nos homens com mais de 65 anos

O aneurisma da aorta abdominal afeta cerca de 300 portugueses todos os anos. Não há números concretos sobre Portugal, mas esta é a décima causa de morte dos homens com mais de 65 anos no mundo.
 
No Dia Nacional da Aorta Abdominal, a cirurgiã vascular, Leonor Vasconcelos, foi a convidada do Diário da Manhã desta terça-feira, para explicar a doença.
 
Um aneurisma da aorta abdominal é uma dilatação anormal, frequentemente com a forma de balão ou de bolha, de um segmento da maior artéria do corpo, a aorta, verificando-se nestas circunstâncias que a parede da artéria forma uma saliência em vez de permanecer direita, de acordo com a escola médica de Harvard. Este é o tipo mais frequente dos aneurismas arteriais e que afeta quatro a seis vezes mais homens do que mulheres.
 
“É uma doença silenciosa, a maioria das pessoas não sabe que a tem”, não tem sintomas, explica Leonor Vasconcelos. “Não é uma doença que possamos prevenir, mas é uma doença que sabemos tratar cada vez melhor”, acrescenta a cirurgiã, alertando para a importância do rastreio. Por isso, “homens com mais de 65 anos têm indicação para realizar uma ecografia abdominal” e “se tiver familiares próximos com esta patologia, o rastreio deve ser feito mais cedo, a partir dos 50”.

Ser fumador e com mais de 65 anos de idade são, pois, os principais fatores de risco. Junta-se a diabetes, arteriosclerose, colesterol elevado, hipertensão e doença cardiovascular.
 
A rutura de um aneurisma da aorta abdominal é fatal na maioria dos casos. “A rutura tem uma taxa de mortalidade de 80 a 90%, o que significa que cerca de metade das pessoas que têm uma rutura não chega com vida ao hospital e, dos que chegam com vida ao hospital, cerca de metade não vai sobreviver à cirurgia ou ao pós-operatório imediato”, alerta a médica.

Estima-se que, na Europa, 80 milhões de pessoas estejam em risco de desenvolver esta doença.
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