Apenas 14 novas camas em dois anos para cuidados paliativos - TVI

Apenas 14 novas camas em dois anos para cuidados paliativos

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  • 29 mai 2018, 07:43
Hospital [Foto: Reuters]

Dados oficiais revelam que equipas de suporte a paliativos aumentaram entre entre 55 e 65% nos últimos dois anos

Apenas catorze camas de internamento em cuidados paliativos foram criadas desde 2016, mas as equipas de suporte a paliativos aumentaram entre 55 e 65% nos últimos dois anos, segundo dados oficiais.

Números do Ministério da Saúde a que a agência Lusa teve acesso, mostram que há atualmente 376 camas de internamento em cuidados paliativos na rede pública.

Entre o início dos anos 1990 e 2015 foram criadas 362 camas e em 2017 foi criada a unidade de cuidados paliativos do Baixo Vouga, com 14 camas.

No próximo mês, segundo o Ministério da Saúde, será aberta a unidade do Centro Hospitalar de São João, no Porto, com 11 camas.

Está ainda em fase de "estudos de implementação" a criação de uma outra unidade, com 12 camas no Centro Hospitalar de Leiria.

Quantos às equipas de suporte, o aumento foi mais significativo.

Há atualmente 43 equipas intra-hospitalares de suporte, sendo que 17 foram criadas entre 2016 e 2018.

Trata-se de um aumento de 65% no número dessas equipas em relação a 2015, indica o Ministério da Saúde.

Com o início efetivo de atividade da equipa do Hospital da Figueira da Foz, que o Ministério prevê para o segundo semestre deste ano, todas as instituições hospitalares do SNS passarão a ter uma equipa intra-hospitalar de suporte em cuidados paliativos.

Quanto às equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos, são atualmente 20, sete delas criadas entre 2016 e 2018, com as outras 13 a terem sido criadas desde 1996 a 2015.

Neste caso, é um aumento de 54 por cento no número de equipas em relação a 2015.

Segundo o Ministério da Saúde, existe pela primeira vez uma cobertura de cuidados paliativos em todo o país, ao contrário do que acontecia em 2016. Contudo, o próprio Ministério, na informação fornecida à Lusa, admite que nalguns distritos a cobertura é ainda incipiente para as necessidades.

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