Asma: identificadas moléculas que ajudam a diagnosticar doença em crianças - TVI

Asma: identificadas moléculas que ajudam a diagnosticar doença em crianças

  • RL
  • 16 jan 2020, 10:14
Asma

Investigadores do Porto identificaram um grupo de moléculas que pode contribuir para um "tratamento mais personalizado" da doença

Investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) identificaram um grupo de moléculas que "ajudam a diagnosticar" a asma em crianças e podem contribuir para um "tratamento mais personalizado" da doença, revelou esta quinta-feira a responsável.

O estudo, desenvolvido no âmbito do projeto ARIA e publicado na revista científica 'PLOS ONE', surgiu da "necessidade de encontrar biomarcadores que diagnosticassem adequadamente as crianças com asma", disse à agência Lusa Francisca Mendes, investigadora do ISPUP.

Apesar de ser "escassa a investigação" sobre o papel dos microRNAs [moléculas de RNA que existem no organismo e modulam a maioria dos processos biológicos, enquanto "potenciais biomarcadores" para diagnosticar a asma, foi neles que a investigação se centrou.

De acordo com Francisca Mendes, os investigadores avaliaram 186 crianças, entre os 7 e 12 anos, de 20 escolas primárias públicas da cidade do Porto, com o intuito de perceber se estas moléculas "estavam associadas à presença de sintomas de asma".

Ao analisar individualmente os microRNAs, verificámos que estes estavam associados, negativa ou positivamente, a alguns fenótipos, nomeadamente à presença de sintomas de asma nos últimos 12 meses (...) e também à presença de sintomas respiratórios nos últimos três meses, como a tosse irritativa e a dificuldade em respirar", explicou.

À Lusa, a investigadora afirmou que o estudo, ao mostrar que a análise de microRNAs no "condensado do ar exalado de crianças" se trata de "um método simples, seguro e não invasivo", revela que estas moléculas podem ser usadas como "potenciais biomarcadores da asma", podendo orientar o tratamento de forma mais personalizada.

A investigadora salientou também que esta investigação, ao centrar-se na medicina de precisão, poderá ser um contributo para auxiliar os médicos a "ajustar" as terapêuticas ao doente.

 

 

 

 

 

 

 

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