A delegada de saúde do Algarve, Ana Cristina Guerreiro, afirmou esta sexta-feira que o primeiro caso mortal de Covid-19 chegou ao Hospital de Faro depois de ter estado isolado numa zona criada para efeitos de quarentena.
“Chegou ao hospital bastante mal. Esteve sempre numa situação complicada porque tinha uma situação clínica complexa e com esta situação desequilibrou”, explicou Ana Cristina Guerreiro.
A delegada de saúde adiantou ainda que existem duas cadeias de transmissão essenciais: a Escola Secundária Teixeira Simões, em Portimão, e o grupo de trabalhadores migrantes internados na Escola Básica Santo António.
Sobre a situação dos trabalhadores migrantes, Ana Cristina Guerreiro diz que há seis infetados e pelo menos um trabalhador internado nos cuidados intensivos do Hospital de Faro.
“Estes trabalhadores estavam numa situação em que estavam 20 a 30 a viver na mesma casa e existia um grande risco da contaminação chegar aos 100%”, afirma, sublinhando que os 59 trabalhadores estão em vigilância ativa.
A Associação Regional de Saúde destacou ainda a contribuição da Cruz Vermelha que tem estado a ajudar estes trabalhadores através da preparação de refeições e do fornecimento de roupas.
Neste momento, há 29 casos confirmados no Sul do país, sendo que 14 pessoas aguardam anélise. Dos casos confirmados, quinze estão internados e quatro estão nos cuidados intensivos.