Crise aumenta situações de perigo para crianças - TVI

Crise aumenta situações de perigo para crianças

Ana Jorge

Ministra da Saúde adverte para situações «menos boas» para os grupos mais vulneráveis e diz que os profissionais devem estar atentos

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A ministra da Saúde admitiu esta terça-feira, na Maia, que a crise social e económica poderá aumentar o risco de situações «menos boas» para os grupos mais vulneráveis, nomeadamente crianças e jovens.

«Apelo, por isso, a quem trabalha nos serviços de saúde para estarem atentos aos sinais de alarme, para poderem identificar muito precocemente as situações, na perspectiva de prevenir e evitar males maiores», disse Ana Jorge que falava no II Encontro Nacional da Rede de Núcleos da Acção de Saúde para Crianças e Jovens em Risco.

De acordou com a Lusa, a ministra defendeu também que «as situações de crise deverão ser transformadas em oportunidades». «O exemplo é reforçar o trabalho em parceria, partilhar recursos humanos e financeiros e articular muito bem as instituições que trabalham em favor da crianças. Porque muitas vezes o que acontece é a sobreposição de intervenções», considerou.

Ana Jorge sustentou que se houver «partilha de informação, de conhecimento e de recursos poderemos chegar a muito mais, reforçando o trabalho». «Podemos aproveitar esta situação que vivemos e envolver a saúde, as comissões de protecção de menores e as próprias autarquias», sublinhou.

Também com esse propósito de defender os direitos das crianças, Ana Jorge referiu que será assinado na próxima semana um protocolo entre os Ministérios da Saúde e da Justiça. «É um passo importante, especificamente no caso do abuso sexual e dos maus-tratos físicos e psicológicos», referiu. Na prática, o acordo visa «proteger as crianças no sentido de evitar a repetição dos exames de perícia médico-legais», explicou.

Em declarações aos jornalistas, Armando Leandro, presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, afirmou que «ainda não há dados objectivos que permitam dizer que há já um aumento de casos de maus-tratos e de situações de perigos para as crianças». Mas o responsável admitiu como «provável que aconteçam em momentos de crise, e de maior stress». «Os mais vulneráveis são os que mais sofrem», afiançou.
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