Uma dívida superior a 80 milhões de euros das entidades públicas, nomeadamente hospitais, está a comprometer o normal funcionamento do Instituto Português do Sangue e da Transplantação no último ano.
O relatório do ano passado garante que existiram problemas na compra de material, o que afetou a recolha de sangue e o apoio a candidatos a transplantes.
De acordo com o jornal Público, a 31 de dezembro do ano passado, a dívida era de 83 milhões de euros e só neste ano, até ao dia 31 de julho, já superava os 70 milhões de euros.
O relatório do Instituto do Sangue indica ainda que a falta de verba é o motivo para a dificuldade em cumprir o objetivo de aumentar e manter o volume de procedimentos que visam a separação dos elementos do sangue.
Houve vários processos de aquisição, sobretudo de reagentes, que se arrastaram no tempo à espera de fundos disponíveis.
O documento realça ainda que a dívida é reconhecida pelo Tribunal de Contas.