Falta de anestesiologistas pode impedir aumento de cirurgias - TVI

Falta de anestesiologistas pode impedir aumento de cirurgias

Aviso deixado pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, que diz ser necessário estudar como se pode resolver a situação

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O ministro da Saúde, Paulo Macedo, admitiu esta terça-feira que a falta de anestesiologistas pode pôr em causa o crescimento do número de cirurgias realizado em Portugal.

Paulo Macedo falava na abertura da 4ª Conferência TSF/Abbvie, este ano dedicado ao tema «sustentabilidade na saúde», que decorre em Lisboa.

A propósito dos indicadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o ministro alertou para o risco das cirurgias realizadas em Portugal não poderem continuar a aumentar, tal como tem acontecido nos últimos tempos, devido à falta de anestesiologistas.

«Temos de perceber como chegámos a esta situação de pôr em causa as cirurgias por não haver anestesiologistas em número suficiente e como vamos resolvê-la», afirmou, lembrando que «o Ministério da Saúde recruta todos os médicos disponíveis».

A intervenção de Paulo Macedo centrou-se na questão da sustentabilidade do SNS, tendo desfiado as medidas do Executivo nesta área e enaltecendo os resultados que considera positivos, apesar da «crise» que tem afetado o país.

Nesta conferência serão ainda apresentados os resultados de 2015 do projeto Saúde Sustentável, desenvolvido pela Nova Information Management School (Nova IMS), que avalia as perceções dos utilizadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) face à qualidade, preço e eficácia do mesmo.

O inquérito, feito com uma amostra da população portuguesa composta por 552 indivíduos com mais de 18 anos e residentes em Portugal, revelou que «a eficácia do SNS (74,7 por cento) e a qualidade dos serviços de saúde (67,4 por cento) não estão de acordo com o preço (47,5 por cento) ao nível das taxas moderadoras e da comparticipação de medicamentos pelo Estado».

De acordo com o estudo, 43,2 por cento dos inquiridos afirmou que as taxas moderadoras praticadas pelo SNS não são adequadas e 26,3 por cento discorda da comparticipação do Estado para a medicação prescrita a 12 meses.

Uma outra conclusão do estudo é a de que embora as pessoas não deixem de recorrer aos serviços de saúde quando necessário, 15,7 pc dos inquiridos revela ter deixado de comprar um medicamento prescrito devido ao custo.
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