Hepatite C: Governo aguarda resposta do laboratório sobre preço - TVI

Hepatite C: Governo aguarda resposta do laboratório sobre preço

Nas condições iniciais, os preços eram «totalmente incomportáveis e não valia a pena sequer estar a negociar», disse o ministro, no dia em que cinco hospitais anunciaram interpor uma providência cautelar contra a farmacêutica

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O ministro da Saúde disse esta quarta-feira, no Algarve, que espera receber dentro de dias a proposta da farmacêutica Gilead Sciences no âmbito das negociações para baixar o preço de um novo medicamento para a hepatite C que a empresa comercializa.

«Estamos à espera de uma proposta, precisamente durante estes dias, para podermos analisar e reagir», disse Paulo Macedo.


O ministro falava aos jornalistas à margem de uma visita às Urgências do Hospital de Faro, sublinhando que, com as condições iniciais, os preços eram «totalmente incomportáveis» e «não valia a pena sequer estar a negociar».

As palavras do ministro vêm no seguimento das declarações proferidas esta quarta-feira de manhã pelo  Infarmed. 

O presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves,  disse acreditar que o acordo com o laboratório que comercializa o Sofosbuvir está para breve, aguardando resposta da empresa à última proposta do instituto. 

Após umas longas negociações, o Infarmed acredita agora que o acordo poderá estar para «dentro de dias». 

Doentes e hospitais avançam com providências contra o preço do medicamento da hepatite C

De acordo com uma notícia publicada pelo Jornal de Notícias (JN), os cinco maiores hospitais do país vão interpor uma providência cautelar contra a empresa que vende o medicamento Sofosbuvir, por «abuso de posição dominante», e pretendem também fazer uma queixa na Autoridade da Concorrência.

Falando à margem de uma visita às Urgências da unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), o ministro da Saúde frisou que, de acordo com as propostas apresentadas, «não era aceitável» ter a comparticipação do medicamento de uma forma «aberta e ampla», como o ministério pretende.

«Esta questão dos hospitais [providência cautelar] é também no sentido de termos aqui uma solução negocial, ou temos que ir para os tribunais», afirmou, acrescentando que o ministério e os hospitais não têm «todo o tempo do mundo» para chegar a um acordo.
 
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