Hospitais garantem ter remédio para atender às urgências - TVI

Hospitais garantem ter remédio para atender às urgências

  • Atualizada às 21:47
  • 31 dez 2017, 19:42

Administrações Regionais garantem que "serviços de urgência registam normalidade nos atendimentos". Recomendam aos cidadãos que recorram primeiro aos centros de saúde

As ARS de Lisboa e Vale do Tejo e do Norte garantem que as urgências hospitalares estão já a funcionar sem problemas ed maior, nas unidades de saúde sob a sua alçada.

Os serviços de urgência de unidades de saúde de LVT registam normalidade nos atendimentos, quer no que toca ao número de cidadãos que para ali se deslocam, quer quanto aos tempos de espera nas várias tipologias da triagem. A situação observada está em linha com o registado em anos anteriores", refere a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do (ARSLVT), em comunicado enviado à TVI24.

A entidade relça ainda que "para ajudar a descongestionar o atendimento de todos os que precisam de ajuda médica e de modo a libertar as urgências hospitalares para os casos de maior gravidade, as unidades de saúde primária ou centros de saúde (30) mantêm as suas portas abertas em horário alargado durante o período das festas de fim de ano, hoje e amanhã".

Norte com "capacidade de resposta"

Também o presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) assumiu que os hospitais da região, “todos” funcionam “com absoluta normalidade” e “capacidade de resposta” a uma maior procura nas urgências.

Em declarações à Lusa, o presidente do Conselho Diretivo da ARS-N, Pimenta Marinho, destacou ainda que, “nestes dias”, existe, “em todos os Agrupamentos de Centros de Saúde da região, “pelo menos um Centro de Saúde a funcionar com um reforço de recursos humanos e horários alargados”, destacando que estas unidades têm sempre “tempos de espera inferiores aos dos hospitais”.

Não há nenhum caos ou alarmismo. A região Norte está preparada para responder a todas as situações. Os hospitais têm estado com capacidade de resposta, prepararam os seus planos de contingência e têm um número adequado de funcionários. Há uma absoluta normalidade na região Norte, hoje como nos últimos dias”, frisou Pimenta Marinho.

Coimbra com normalidade

Os serviços de urgência dos hospitais que integram o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) têm tido a procura “esperada para esta época” do ano, segundo o presidente da instituição, Fernando Regateiro.

A afluência às urgências do CHUC tem registado “os valores esperados para esta época”, que não têm “grandes diferenças” em relação à procura verificada, na mesma época do ano passado, afirmou o presidente do CHUC.

Os serviços estão preparados para responder à procura, designadamente nos dias em que ela é superior à média e/ou atinge picos, assegurou o presidente do CHUC, referindo que “o Plano de Contingência [da Gripe] será ativado logo que comecem a subir os casos” da doença.

Capacidade de resposta em Santa Maria

Em Lisboa, o presidente da administração do Hospital Santa Maria, disse à Lusa, que o serviço de urgências está a funcionar dentro da normalidade para a quadra, mantendo a capacidade de resposta, sem registo de casos de maior gravidade.

Continuamos a ter capacidade de resposta em tempo útil. Não temos registada nenhuma situação anormal”, vincou Carlos Martins.

No entanto, o presidente da unidade hospitalar admitiu que, nos últimos três dias, se tem verificado uma afluência maior às urgências, devido à quadra festiva.

Nos últimos três dias temos tido mais doentes a recorrerem às nossas urgências, [cerca de] mais cem episódios por dia, mas, no dia de hoje, voltamos àquilo que é a nossa mediana para esta altura do ano”, sublinhou.

Carlos Martins adiantou que a maioria dos casos registados estão associados a problemas respiratórios, gripes ou a “situações que já vêm de trás”.

Apesar de não avançar números, o representante do Hospital Santa Maria garante que os tempos de espera estão dentro do “estipulado”, sublinhando que a área mais preocupante são os internamentos.

Em termos de triagem temos tido um comportamento homogéneo, ou seja, não temos registado muitos doentes com pulseira verde ou azul. Estamos dentro dos tempos estipulados. Não vou deixar de dar nota de que há alguma preocupação adicional quando olhamos para as áreas de internamento, designadamente para o internamento médico, onde estamos próximos do total da nossa capacidade”, indicou.

Alentejo sem "aumento significativo" da procura

Também a Administração Regional de Saúde do Alentejo assegura que as urgências dos hospitais da região não registam “um aumento muito significativo” da procura, nem dos casos de gripe, embora comecem a aparecer doentes com problemas respiratórios.

Ainda não verificamos um número significativo de casos de síndrome gripal, nem um aumento muito significativo” da procura das urgências hospitalares, disse à agência Lusa o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo.

Nas urgências deste hospital, revelou o presidente da ARS, verificou-se “um ligeiro atraso” no atendimento porque “o médico da triagem faltou, sem avisar”.

Contactada pela Lusa, Ilídio Pinto Cardoso, da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, confirmou a existência de “algum atraso na triagem” das urgências, “durante a manhã e até por volta das 16:00”, entretanto “já resolvido”.

Faltou um médico de uma empresa”, escalado para a triagem, mas “a diretora clínica já assumiu a triagem e este problema pontual foi resolvido”, afiançou.

 

Números da gripe idênticos a 2016

O número de pessoas com sintomas de gripe que têm recorrido nos últimos dias à linha SNS 24 são equiparados aos ocorridos em 2016, de acordo com Henrique Martins, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

Henrique Martins explicou ainda que de facto se tem verificado um aumento de utentes do SNS 24, mas este aumento não está relacionado com o aumento absoluto de doentes, mas sim com o recurso dos doentes a este serviço após o início, a 08 de dezembro, de uma campanha em que se pede aos utentes para recorrerem ao SNS 24 antes de irem às urgências.

Até à campanha andávamos sempre nas 40 e tal chamadas por dia relacionadas com sintomas gripais e, dois dias depois da campanha, os números começaram a subir, porque o serviço passou a ter um perfil de maior utilização”, disse.

De acordo com o responsável, as chamadas de gripe neste momento já estão idênticas às ocorridas em período homólogo, com mais de 600 casos diários, tendo “começado a subir praticamente duas semanas depois do igual período do ano passado”.

A sério, foi no Natal, a 25 de dezembro, quando começou o fenómeno da gripe. No ano passado, cerca de duas semanas antes já estávamos com um perfil típico da época gripal”, sublinhou.

Henrique Martins salientou ainda que “é claro” que estes valores cresceram por maior utilização do serviço SNS 24, visto que esta subida aconteceu proporcionalmente com todos os perfis que discriminam os problemas que levaram os utentes a ligar.

Temos praticamente mais 1.500 chamadas por dia em relação a igual período do ano passado desde dia 08 de dezembro, mas isso era o que nós queríamos. O que está a fazer subir o total é a maior utilização, e isso é bom. É o que pretendemos é que as pessoas utilizem o serviço sem recorrerem logo à urgência”, disse.

Os números de chamadas atendidas pelo SNS 24, assim como os encaminhamentos que tiveram, podem ser consultadas na página https://www.sns.gov.pt/transparencia/.

Até às 18:30 de hoje tinham sido atendidas 1.389 chamadas pelo SNS 24.

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