Médicos não querem ir para Castelo Branco, Covilhã e Guarda - TVI

Médicos não querem ir para Castelo Branco, Covilhã e Guarda

Saúde

Presidente da Administração Regional de Saúde do Centro disse que a colocação de médicos da área hospitalar "continua a ficar aquém das necessidades"

O presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), José Tereso, disse hoje à Lusa que a colocação de médicos da área hospitalar "continua a ficar aquém das necessidades", sobretudo em Castelo Branco, Covilhã e Guarda.

"É um facto que os resultados do concurso da primeira época de 2016 para pessoal médico da área hospitalar, nomeadamente no que diz respeito aos hospitais de Castelo Branco, Covilhã e Guarda, continuam a ficar aquém das necessidades" afirmou o presidente da ARSC, José Tereso.

A maioria das vagas a concurso da primeira época de 2016 para pessoal médico da área hospitalar nos hospitais de Castelo Branco, Covilhã e Guarda ficaram por preencher.

Na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), das 22 vagas colocadas a concurso, apenas três foram preenchidas (cirurgia geral, neurologia e saúde pública). No Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), que inclui os hospitais Pêro da Covilhã e o hospital do Fundão, de 23 vagas, apenas cinco lugares foram preenchidos (medicina interna, neurologia, cirurgia geral e duas em psiquiatria).

O panorama é em todo semelhante na Guarda, onde a ULS local colocou 16 vagas a concurso, sendo que apenas quatro foram preenchidas (saúde pública, medicina interna, pediatria e psiquiatria).

"Esta é uma realidade que, como se sabe, não é nova e que, de há uns anos a esta parte, tem exigido diversas medidas incentivadoras à fixação de médicos no interior", explica o presidente da ARSC.

José Tereso adianta ainda que uma das últimas medidas foi concretizada no final de junho, em Coimbra, com a presença do Ministro da Saúde, com a celebração de protocolos entre o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e todos os hospitais da região Centro.

"Nuns casos significou a consolidação e reforço de uma colaboração que já vem sendo prosseguida, noutros marcou o início de uma cooperação que contribua, efetivamente, para colmatar a falta de especialistas, nomeadamente nos hospitais do Interior, onde, como se constata, a colocação de médicos continua a ser difícil", sustentou.

Este responsável explica que, na prática, a celebração destes protocolos pretende "tornar possível a deslocação regular de clínicos de diversas especialidades a esses hospitais, de acordo com a identificação das suas necessidades".

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