Mesmo os medicamentos sem receita médica são comprados nas farmácias - TVI

Mesmo os medicamentos sem receita médica são comprados nas farmácias

Medicamentos (Reuters)

Conclusão é de um estudo realizado pela consultora IMS Health, em Portugal

Mais de 80% dos medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) são comprados nas farmácias, em detrimento das parafarmácias, sendo que, no total, a compra destes medicamentos em Portugal atingiu mais de mil milhões de euros, revela um estudo.

Entre setembro de 2014 e agosto de 2015, a compra dos MNSRM atingiu os 1.060.299.036 euros, sendo que 82% provêm das farmácias, face aos 18% vendidos nas parafarmácias, indica o estudo da consultora IMS Health.

Relativamente só aos medicamentos vendidos fora das farmácias, o estudo destaca que 85% foram comprados em grandes superfícies, enquanto os restantes 15% foram adquiridos em parafarmácias independentes.

No mesmo período verificou-se um crescimento do segmento de MNSRM de 4,5%, em valor, face ao mesmo período dos anos anteriores. No entanto, este crescimento foi mais evidente nas farmácias (5,1%) do que nas parafarmácias (2,1%).

O mercado de MNSRM engloba produtos com classificação de medicamento e classificação de não medicamento (produtos de beleza e suplementos vitamínicos).

Do ponto de vista de peso relativo de cada uma das classificações dos MNSRM, os medicamentos representaram 38% das vendas em valor, no período em análise, sendo que os produtos de beleza e suplementos atingiram os 62%.

Relativamente apenas aos MNSRM classificados como não medicamentos, 497.530.530 euros corresponderam a vendas no canal Farmácia, face aos 155.037.427 euros registados nas parafarmácias.

Neste segmento, os produtos mais vendidos nas farmácias incluem as categorias de produtos de beleza feminina, unissexo e suplementos vitamínicos.

Já nas parafarmácias, os produtos de beleza feminina e produtos de beleza unissexo ocupam a mesma posição relativa face às farmácias, sendo os suplementos vitamínicos substituídos por produtos de cuidado capilar.

Quanto ao crescimento da venda destes produtos, as farmácias registaram um aumento em valor na ordem dos 5,8%. Tanto as parafarmácias independentes como as das grandes superfícies acompanharam esta tendência, com crescimentos em valor na ordem dos 1,2% e 6,3%, respetivamente.

Sobre o segmento de MNSRM classificados como medicamentos (quer de marca, quer genéricos), os produtos para tosse, constipações e resfriados, a par de analgésicos, produtos digestivos, instrumentos para medições/testes de diagnóstico e terapia dermatológica representaram aproximadamente 80% do negócio nas farmácias, num total de 287.888.398 euros.

Tanto nas farmácias como nas parafarmácias, a categoria de produtos para tosse, constipações e resfriados, é a que regista o maior número de vendas, em unidades e em valor.

Nas Farmácias, foram vendidas 13.818.611 embalagens nesta categoria, o que corresponde a 90.719.766 euros, sendo o paracetamol o mais vendido, atingindo os 16.247.574 euros, ou seja, 17,9% das vendas.

O paracetamol foi igualmente líder de vendas nas parafarmácias.

Quanto ao crescimento do segmento de medicamentos entre os MNSRM, o estudo refere um aumento de 4,7% em valor nas farmácias, tendência que também se registou nas parafarmácias das grandes superfícies, com uma subida de 2,7%.

Apenas as parafarmácias independentes registaram uma quebra das vendas, na ordem de 1%.
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