Metade da população portuguesa sofre de doença crónica - TVI

Metade da população portuguesa sofre de doença crónica

Saúde (Foto Cláudia Lima da Costa)

Tem um impacto total de 60 a 80 por cento nas despesas de saúde

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Metade da população portuguesa sofre de doença crónica, verificando-se um crescimento de 2,5 por cento ao ano no grupo dos idosos, tendo o fenómeno um impacto total de 60 a 80 por cento nas despesas em saúde, noticia a Lusa.

Os dados constam do último inquérito nacional de saúde e foram destacados por Anabela Pereira, presidente da comissão organizadora do Congresso Nacional de Psicologia da Saúde, na sessão de abertura desta iniciativa que reúne em Aveiro, durante três dias, 700 participantes nacionais e estrangeiros.

Segundo Anabela Pereira, os estudos revelam que 5,2 milhões de portugueses sofre, pelo menos, de uma doença crónica, enquanto 2,6 milhões sofrem de duas ou mais, e cerca de 3 por cento da população sofre de cinco ou mais doenças crónicas.

Aquela oradora destacou ainda que «as doenças crónicas já não se encontram confinadas aos mais idosos, sofrendo implicações directas nos resultados gerados por análises microeconómicas e macroeconómicas de funcionamento do sistema de saúde».

Por sua vez o bastonário da Ordem dos Psicólogos, Telmo Batista, salientou que a Ordem tem vindo a desenvolver estudos técnicos que demonstram a importância do contributo da psicologia para a melhoria da saúde dos cidadãos e sustentabilidade do serviço nacional de saúde.

Deu como exemplo o relatório sobre custo-efectividade de intervenções psicológicas, recentemente divulgado pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Portuguesa para o estudo da obesidade.

Telmo Baptista defendeu ainda a importância da auto-regulação das profissões e mostrou-se confiante na negociação que está a ser concretizada com o Ministério da Saúde para aumentar o número de psicólogos na rede de cuidados de saúde primários, que considerou manifestamente insuficientes.

Em representação do ministro da Saúde, José Tereso sublinhou a necessidade de integrar os psicólogos na rede de cuidados de saúde primários, contribuindo para a redução de custos do sistema.

Como médico de saúde pública, disse não deixar de constituir uma desilusão o facto de se observar «o aumento crescente das taxas de alcoolismo, de obesidade ou doenças oncológicas, apesar das campanhas e dos planos que têm vindo a ser promovidos».

José Tereso defendeu que isso «reforça, ainda mais, a necessidade de integrar os psicólogos na rede, melhorando a eficiência dos cuidados e garantindo a sustentabilidade do sistema».
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