«O Conselho Regional do Sul está em condições de informar a população da ilha Terceira, e de outras ilhas cujas populações recorrem a este hospital, que os doentes tratados na unidade de cuidados intensivos não correm quaisquer riscos relacionados com má prática, falta de empenho ou má organização e que a medicina evolui à velocidade própria dos nossos tempos e que essa nova medicina favorece os doentes.»
A posição da Ordem dos Médicos surge na sequência de um abaixo-assinado dos enfermeiros daquela unidade de cuidados intensivos entregue, em fevereiro de 2014, à administração do hospital, e divulgado pela comunicação social local no início de outubro, em que era denunciada «falta de rigor técnico-científico» e de «princípios éticos e deontológicos» e «redução do investimento terapêutico», entre outras queixas.
O abaixo-assinado dos enfermeiros deu origem a um inquérito interno, que alegadamente terá provocado a demissão em bloco do conselho de administração do hospital, e a um inquérito do Ministério Público, que ainda está a decorrer.
Também a Ordem dos Enfermeiros e a Ordem dos Médicos iniciaram processos de averiguação.
Segundo o comunicado agora divulgado, uma comissão da Ordem dos Médicos, formada por membros do Conselho Regional do Sul, liderada pelo seu presidente, Jaime Teixeira Mendes, e por dois representantes do Colégio da Especialidade de Medicina Intensiva, visitou o hospital no dia 24 de janeiro e concluiu que a unidade de cuidados intensivos funciona com "tranquilidade".
«Após ouvir individualmente vários médicos e responsáveis de serviço, o Conselho Regional do Sul confirmou que a UCI presta cuidados de acordo com as técnicas mais avançadas desta especialidade e funciona neste momento com a tranquilidade desejável e o empenho total da equipa médica, que sublinhou a esta comissão a forma profissional e de crescente adaptação a novos métodos que tem revelado também a equipa de enfermagem.»
A Ordem dos Médicos disponibiliza-se ainda a acompanhar todas as diligências no âmbito do inquérito que decorre no Ministério Público, mas reitera que as acusações do abaixo-assinado não têm fundamento.
«As alegações de má prática são completamente destituídas de conteúdo e eventuais polémicas em torno do funcionamento deste ou de outros serviços acontecem em todos os hospitais e são normalmente resolvidas pelos seus profissionais, no quadro das suas competências técnicas e da sua articulação no trabalho.»